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junho 04, 2003


Madeira Futebol Clube


Acabou, no passado fim-de-semana, o campeonato de futebol português. Como todos já sabem, o novo campeão é o Futebol Clube do Porto – e se não sabiam... ficam a saber. Menor número de pessoas saberá a classificação das equipas da Madeira: o Marítimo e Nacional ficaram, respectivamente, em 8° e 11° lugar da I Liga e o União da Madeira em 15° lugar da II Liga.

Alguns anos atrás (1997) Alberto João Jardim, Presidente do Governo da Região Autónoma da Madeira, sugeriu a fusão destas numa só. Os sócios do Marítimo logo reclamaram a sua independência (ler final do artigo) e nunca mais se falou do assunto.

Contudo, a sugestão de João Jardim - apesar de ter parecido uma imposição deste aos clubes - é a melhor estratégia para a Madeira ter uma equipa de futebol capaz de competir pelo primeiro lugar do campeonato – de forma simplista, se somarmos os pontos dos melhores jogos do Marítimo e do Nacional, contra cada uma das outras equipas, obtemos a pontuação de um terceiro lugar (64) que daria acesso à taça UEFA.

A fusão obteria benefícios imediatos como:
- concentração das receitas dos sócios;
- aumento da lotação do estádio durante os jogos (todos os que antes iam ver, separadamente, os jogos dos seus clubes),
- redução de custos em transportes aéreos;
- redução de custos de manutenção dos estádios (um estádio seria suficiente).

Uma equipa mais competitiva também capta mais atenção:
- de patrocinadores (pagariam mais pela publicidade nas camisolas e no estádio);
- de adeptos (mais merchandising vendido – camisolas, bolas, etc)
- de turistas (em função da exposição mediática obtida se começar a participar, regularmente, em competições internacionais).

Como base de apoio ao desenvolvimento de uma nova equipa poder-se-iam, ainda, implementar as seguintes infraestruturas:
- um novo estádio (financiado pela venda dos terrenos dos outros estádios e o aumento dos lucros operacionais – mais receitas e menos custos);
- equipa B a jogar na II Liga (onde jogariam os jovens talentos);
- centro de estágios (a ser usado também por equipas estrangeiras – não haveria falta de hotéis para as acolher em época baixa).

Finalmente, há que ter em conta os sócios de cada clube. Apaziguar quaisquer rivalidades é uma tarefa que cabe a Alberto João Jardim enfrentar com imparcialidade e transparência – ser o mediador e não o decisor. É necessário que o passado dos clubes seja respeitado mas, acima de tudo, é vital que todos acreditem que a unificação dos clubes é o melhor para o futuro do futebol madeirense (ser campeão?).
Com esse intuito deixo uma sugestão final: o novo clube deverá ter côres e nome diferentes dos actuais – porque não “Madeira Futebol Clube”????