agosto 07, 2003
Costa da Caparica: século XXI
Lisboa é o segundo maior destino turístico de Portugal continental (o Algarve ocupa a primeira posição). A capital portuguesa, tendo em conta a sua história, clima e localização geográfica está bem posicionada para atrair os potenciais turistas.
Mas, apesar da sua importância, o tempo médio de estadia de cada turista é diminuto: 2/3 dias. Esta é uma consequência da reduzida oferta de produtos que, actualmente, concentra-se no turismo de interesse histórico e cultural: museus e monumentos.
Por estar localizada junto ao rio Tejo e ao oceano Atlântico, a região de Lisboa tem, em relação a outras capitais europeias, mais opções de diversificação da oferta turística.
Praia é uma das opções estratégias que está a ser mal explorada. Em qualquer destino turístico, a localização mais próxima da costa marítima é a mais cara e, consequentemente, a mais rentável. Na Costa da Caparica - localizada na margem sul do rio Tejo - a proximidade à praia está a ser subaproveitada ao “permitir-se” a permanência de infra-estruturas de baixo valor acrescentado: os parques de campismo. O tarifário nestes aplicado, ao não “penalizar” a estadia de longo prazo, é outro factor que impossibilita a eficente exploração destas áreas – existem inúmeras famílias portuguesas que, anos atrás, decidiram aí instalar a sua “casa de férias”.
A implementação de uma estratégia de rentabilização das zonas junto às praias trará benefícios não só para a localidade como também para toda a região de Lisboa – poucos destinos turísticos de praia podem oferecer a história e cultura de uma capital europeia ou, vice versa, nenhuma capital europeia pode oferecer, como produto turístico complementar, uns dias de praia para melhorar o “bronze”.
A construção, junto à praia, de hotéis e/ou bungalows de qualidade (em termos arquitectónicos e ambientais), aliado à maior disponibilidade de transportes entre estes e o centro histórico de Lisboa, permitiria ao turista disfrutar de um produto de lazer de alto valor acrescentado, quase impossível de ser assimilado/copiado por outros destinos turísticos.
Ainda, para reduzir a sazonalidade inerente aos destinos de praia (meses de Verão), penso que seria importante, durante os meses de clima “menos favorável” aos típicos banhos de sol, posicionar as referidas infra-estruturas hoteleiras a construir na Costa da Caparica como destino de surf – surgiriam, assim, mercados complementares como, entre outros, escolas de surf, lojas de material apropriado à prática deste desporto, restauração aberta todo o ano, estabelecimentos de diversão nocturna, etc. Uma das infra-estruturas existentes que beneficiaria com a opção do posiconamento Surf é o pequeno comboio que, apenas durante os meses de Verão, faz a ligação entre o centro da Costa da Caparica e a localidade Fonte da Telha, cobrindo uma extensão de vários quilómetros de praia – poderia passar a transportar surfistas para praias onde, por razões ambientais, não é possível construir.
NOTA AOS GOVERNANTES: para aumentar o número de turistas - e o tempo médio de estadia destes - não serve de nada a publicidade do ICEP. É, sim, necessário o Estado não “complicar” o processo de implementação de semelhantes estratégias de valor acrescentado com a sua habitual burocracia. Estou certo que haverá suficientes agentes privados do sector do Turismo interessados em tomar a iniciativa, caso não existam incertezas quanto aos “custos legais” do projecto.
Mas, apesar da sua importância, o tempo médio de estadia de cada turista é diminuto: 2/3 dias. Esta é uma consequência da reduzida oferta de produtos que, actualmente, concentra-se no turismo de interesse histórico e cultural: museus e monumentos.
Por estar localizada junto ao rio Tejo e ao oceano Atlântico, a região de Lisboa tem, em relação a outras capitais europeias, mais opções de diversificação da oferta turística.
Praia é uma das opções estratégias que está a ser mal explorada. Em qualquer destino turístico, a localização mais próxima da costa marítima é a mais cara e, consequentemente, a mais rentável. Na Costa da Caparica - localizada na margem sul do rio Tejo - a proximidade à praia está a ser subaproveitada ao “permitir-se” a permanência de infra-estruturas de baixo valor acrescentado: os parques de campismo. O tarifário nestes aplicado, ao não “penalizar” a estadia de longo prazo, é outro factor que impossibilita a eficente exploração destas áreas – existem inúmeras famílias portuguesas que, anos atrás, decidiram aí instalar a sua “casa de férias”.
A implementação de uma estratégia de rentabilização das zonas junto às praias trará benefícios não só para a localidade como também para toda a região de Lisboa – poucos destinos turísticos de praia podem oferecer a história e cultura de uma capital europeia ou, vice versa, nenhuma capital europeia pode oferecer, como produto turístico complementar, uns dias de praia para melhorar o “bronze”.
A construção, junto à praia, de hotéis e/ou bungalows de qualidade (em termos arquitectónicos e ambientais), aliado à maior disponibilidade de transportes entre estes e o centro histórico de Lisboa, permitiria ao turista disfrutar de um produto de lazer de alto valor acrescentado, quase impossível de ser assimilado/copiado por outros destinos turísticos.
Ainda, para reduzir a sazonalidade inerente aos destinos de praia (meses de Verão), penso que seria importante, durante os meses de clima “menos favorável” aos típicos banhos de sol, posicionar as referidas infra-estruturas hoteleiras a construir na Costa da Caparica como destino de surf – surgiriam, assim, mercados complementares como, entre outros, escolas de surf, lojas de material apropriado à prática deste desporto, restauração aberta todo o ano, estabelecimentos de diversão nocturna, etc. Uma das infra-estruturas existentes que beneficiaria com a opção do posiconamento Surf é o pequeno comboio que, apenas durante os meses de Verão, faz a ligação entre o centro da Costa da Caparica e a localidade Fonte da Telha, cobrindo uma extensão de vários quilómetros de praia – poderia passar a transportar surfistas para praias onde, por razões ambientais, não é possível construir.
NOTA AOS GOVERNANTES: para aumentar o número de turistas - e o tempo médio de estadia destes - não serve de nada a publicidade do ICEP. É, sim, necessário o Estado não “complicar” o processo de implementação de semelhantes estratégias de valor acrescentado com a sua habitual burocracia. Estou certo que haverá suficientes agentes privados do sector do Turismo interessados em tomar a iniciativa, caso não existam incertezas quanto aos “custos legais” do projecto.