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agosto 29, 2003


"Vestir" a casa?


A Inditex, empresa-mãe da Zara, decidiu diversificar e investir no mercado da decoração ao criar a marca Zara Home (via Empreender).

Pergunta o Empreender (post de 28 de Agosto):
"Como estender o negócio dos trapos "a objectos de decoração, roupa para a casa e acessórios de cozinha"?"


O Consumering tem uma opinião sobre as marcas que "diversificam".

Do seu post "Michael Jordan é um mau jogador de baseball":

Convencidos que têm na mão clientes ordeiros e respeitadores, demasiados gestores ambiciosos tratam de levar as suas marcas para novos segmentos e mercados onde o benefício da marca não faz grande sentido. Os resultados são geralmente maus, ainda assim, há marcas que se auto-intitulam “multiespecialistas” e sem se rirem da contradição em termos."

e do post "Não basta chamar-se Napoleão":

"Se uma marca tem valor, tem-no enquanto estiver associada a um produto ou serviço que proporciona esse mesmo valor. E qualquer tentativa de afastar da relação entre significado e significante é tão ilógico como considerar que basta chamar Napoleão a um filho para ele se tornar num pequeno grande general."

Concordo com o Consumering. Se a Inditex tem diferentes marcas para diferentes estilos de roupa (exemplo: Oysho para roupa interior), não há estratégia que justifique "diluir" o valor da marca Zara associando-a a "acessórios de cozinha".