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janeiro 20, 2004


Investimentos Públicos: Custos de Oportunidade IV


Excertos de um artigo do Público (meus bolds):
"O Governo deve avançar com uma 'decisão urgente' de forma a impedir o encerramento da empresa de material ferroviário Bombardier Transportation (antiga Sorefame), que está na iminência de despedir cerca de 1500 trabalhadores devido à falta de encomendas. Esta exigência foi anunciada ontem pelo secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, após uma visita à unidade fabril, localizada na Amadora.

(...) Ferro Rodrigues explicou aos jornalistas ter constatado um 'ambiente de consternação e indignação' devido à paralisação de alguns sectores fabris e à perspectiva de despedimento. 'Neste momento, existem trabalhadores sem ocupação porque as encomendas aprovadas durante os governos socialistas chegaram ao fim e estão a terminar as entregas', apontou.

A intervenção do Governo, justificou Ferro, poderá ser realizada através da iniciativa de empresas públicas, 'como a CP e o metro de Lisboa e do Porto', no sentido de desbloquearem os processos de expansão e modernização das suas estruturas e procederem a solicitação de encomendas à Bombardier Transportation.

Ferro Rodrigues alertou para 'o drama social, económico e tecnológico' que pode derivar do encerramento da empresa e prometeu que o PS vai 'procurar fazer pressão política a todos os níveis'.

O sindicalista [António Brito, do Sindicato dos Metalúrgicos] recordou ainda que durante o primeiro Governo de António Guterres a empresa confrontou-se com uma situação idêntica: "O então ministro do Equipamento, Jorge Coelho, fez pressão para que as encomendas fossem desbloqueadas", sublinhou, reivindicando uma intervenção semelhante por parte do Executivo de Durão Barroso."

O PS não quer que as regras de mercado se apliquem à empresa canadiana instalada em Portugal - e está a fazer lobby nesse sentido ("o PS vai fazer pressão política a todos os níveis").

Para o partido liderado por Ferro Rodrigues não interessa se os preços praticados por esta empresa são os mais competitivos - se depende do Estado para as encomendas, não parece ser. Ao líder socialista não importa o que se pagará a mais pela repetição do "subsídio" à Bombardier. É apenas o dinheiro dos portugueses....

Nota: aqui está mais uma razão para a privatização de todas as empresas públicas. Assim, estes subsídios indirectos - através da CP, metros de Lisboa e Porto, Carris, etc - não seriam possíveis.