fevereiro 25, 2004
Má Gestão
No Terras do Nunca, jmf - como crítica às actuais medidas governamentais de combate ao défice - apresenta um óptimo exemplo das receitas extraordinárias como uma solução temporária de equilíbrio das contas:
Mas o jmf deu, também, um exemplo de má gestão: ao descapitalizar a empresa com a compra de "carro novo, casa de férias e coisas assim", faltou-lhe, mais tarde, o dinheiro para investir em mercados de maior dimensão - relativamente à Islândia. A falta de visão estratégica impossibilitou-os também de - com as receitas extrordinárias da venda do carro e apartamentos - reestruturar a empresa durante o mau período de vendas.
É precisamente esse o problema do Estado: má gestão! E esta "cegueira estratégica" não é uma característica do actual Governo mas, sim, de todos os governos (passados, presentes e futuros) - para esse efeito usei a palavra "Estado".
O Estado ao confiscar - através de impostos - recursos produtivos à economia aplicando-os em investimentos não-produtivos ou ineficientes (semelhante ao jmf comprar "carro novo e casa de férias"), está a retirar à economia capacidade para crescer (impossibilidade de reinvestir os recursos confiscados).
A recolha de receitas extrordinárias é - como afirma jmf - uma solução temporária. Há duas possíveis estratégias: a redução, a longo prazo, das despesas correntes ou o aumento das receitas (impostos). Como vimos anteriormente, o aumento dos impostos diminuem - ainda mais - o crescimento económico. A solução eficiente é reduzir o peso do Estado.
"Vamos fazer uma empresa - proponho que fabriquemos frigoríficos, daqueles pequenos tipo escritório, e que exportemos para o promissor mercado da Islândia. Metemos capital em partes iguais. Como o modelo até é de qualidade, exportamos muito nos primeiros meses. Um sucesso, o negócio vai de vento em pôpa. Compramos carro novo, uma casa de férias, coisas assim. Ao fim de alguns meses, as encomendas - vá lá saber-se porquê - começam a voltar para trás. A empresa começa a ficar em dificuldades. Mas nós não vacilamos - recorremos às receitas extraordinárias. No primeiro mês, vendemos o carro. No segundo, uns apartamentos que compráramos para pôr a render no mercado de aluguer. No terceiro mês, decidimos fazer uma receita extraordinária vendendo a máquina xpto de pintar frigoríficos. No quarto mês, vendemos um armazém onde guardávamos os frigoríficos... Andamos muito satisfeitos - as contas estão equilibradíssimas. Só é pena que há muitos meses não vendamos um único frigorífico para a Islândia ou outro país qualquer."
Mas o jmf deu, também, um exemplo de má gestão: ao descapitalizar a empresa com a compra de "carro novo, casa de férias e coisas assim", faltou-lhe, mais tarde, o dinheiro para investir em mercados de maior dimensão - relativamente à Islândia. A falta de visão estratégica impossibilitou-os também de - com as receitas extrordinárias da venda do carro e apartamentos - reestruturar a empresa durante o mau período de vendas.
É precisamente esse o problema do Estado: má gestão! E esta "cegueira estratégica" não é uma característica do actual Governo mas, sim, de todos os governos (passados, presentes e futuros) - para esse efeito usei a palavra "Estado".
O Estado ao confiscar - através de impostos - recursos produtivos à economia aplicando-os em investimentos não-produtivos ou ineficientes (semelhante ao jmf comprar "carro novo e casa de férias"), está a retirar à economia capacidade para crescer (impossibilidade de reinvestir os recursos confiscados).
A recolha de receitas extrordinárias é - como afirma jmf - uma solução temporária. Há duas possíveis estratégias: a redução, a longo prazo, das despesas correntes ou o aumento das receitas (impostos). Como vimos anteriormente, o aumento dos impostos diminuem - ainda mais - o crescimento económico. A solução eficiente é reduzir o peso do Estado.