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março 17, 2005


Arqui-Inimigo


Do filme O Protegido:
"...there's always two kinds. There's the soldier villain who fights the hero with his hands and then there's the real threat - the brilliant and evil archenemy who fights the hero with his mind."

Via O Insurgente, uma intenção de concertação dos preços dos bilhetes de cinema:
"O presidente do ICAM, o Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia, confessa-se preocupado com a quebra de espectadores nas salas de cinema e defende que, para dar a volta à situação, o melhor é baixar o preço dos bilhetes."

A redução do número de espectadores é preocupação das respectivas salas de cinema, não do Estado. Aliás, o King Kard parece ser uma estratégia interessante no sentido de aumentar a afluência!

Mas, acima de tudo, penso que a declaração daquele "comissário político" revela hipocrisia. Se quer baixar os preços, porque não abolir, para começar, o artigo 29° da Lei de Arte Cinematográfica e do Audiovisual [documento PDF] (meus destaques):
Artigo 29.° - Retenção ao preço dos bilhetes

1 - Os exibidores cinematográficos devem reter 7,5% da importância do preço da venda ao público dos bilhetes de cinema.

2 - A verba proveniente da retenção referida no número anterior é aplicada da seguinte forma:
a) 5% destinam-se exclusivamente ao fomento da exibição cinematográfica e à manutenção da sala geradora da receita, é gerida pelo exibidor e tem expressão contabilística própria;
b) 2,5% destinam-se a assegurar a participação dos exibidores cinematográficos no fundo de investimento a que se refere o artigo 26.°

As verbas destinadas à manutenção das salas de cinema devem ser uma decisão de cada empresa. E o "fundo de investimento" financia obras cinematográficas portuguesas, que ninguém quer ver....