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março 13, 2005


Venda Livre de Medicamentos


José Sócrates, primeiro-ministro, aunciou a intenção de permitir a venda livre de medicamentos não sujeitos a receita médica. A Associção Nacional de Farmácias (ANF) respondeu:
"2. Os medicamentos não são bens de consumo corrente e a promoção do seu consumo prejudica a população e prejudica os doentes.
Todos os estudos internacionais demonstram que os medicamentos devem ser apenas dispensados em locais que garantam a máxima confiança e sob aconselhamento directo de Farmacêuticos.
O uso racional dos medicamentos é uma preocupação de saúde a nível mundial, em particular nos países que mais liberalizaram a distribuição e que estão agora preocupados com as consequências de políticas entretanto condenadas."

Faço minhas as palavras do blasfemo PMF:
"Se o problema é o eventual risco de consumo excessivo (de aspirinas, de sais de frutos, de analgésicos ou de vitaminas), então, como se explica que, no que diz respeito aos ansiolíticos e outros medicamentos do género, sujeitos a prescrição e a apertado controlo médico (pelo menos, assim deveria ser!), unica e exclusivamente vendidos nas farmácias, Portugal apresente (aí sim!!!) índices de consumo excessivo que - como foi já noticiado na semana passada - preocupam algumas organizações internacionais e comunitárias?"

Quando o consumo excessivo de medicamentos que, segundo a ANF, "prejudica a população e prejudica os doentes" é vendido em farmácias não parece haver semelhante preocupação!!!

Trata-se, afinal, de uma preocupação proteccionista; o mercado livre reduz os lucros (garantidos) das farmácias.