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setembro 01, 2006


Transporte Público Individual


Via Small Brother, vejo que Vasco Leal Figueira [VLF] disponibiliza, no Speakers Corner Liberal Social, links sobre o conceito de transporte público individual (também conhecido por “Personal Rapid Transit” - PRT) que:
”pode (há-de, creio) revolucionar os ambientes urbanos, trazendo maior mobilidade, contribuindo para não só para a independência do petróleo mas também para uma redução do consumo de energia, redução da poluição do ar e sonora e para uma enorme melhoria da qualidade de vida nas cidades.”
O conceito parece apresentar enormes potenciais e, por isso, merece ser discutido. VLF continua com o seguinte esclarecimento:
”Quando falamos de PRT falamos de uma rede de veículos de 2 pessoas (3 no máximo), estações abertas 24h/dia sempre com veículos disponíveis, transporte directo ao destino (sem parar noutras estações), velocidades simpáticas (70-160 km/h), tipicamente em monocarril ou levitação magnética.”
Esperem lá… afinal já existe um veículo muito similar ao PRT. Chama-se automóvel!!!

Comparando com o PRT, o automóvel tem maior capacidade (2 a 5 pessoas), não necessita de estações, é um verdadeiro transporte directo ao destino (e não à estação mais próxima), pode circular à velocidade máxima (legal) de 120 km/h, a infraestrutura de apoio – a estrada! – é de simples (e relativamente mais barata) construção e não restringe a sua circulação às maiores cidades.

Este conceito baseia-se, fundamentalmente, no desenvolvimento de uma nova via de circulação (“tipicamente em monocarril”) destinada a ultrapassar o actual problema de congestionamento do tráfego nas grandes cidades. O facto de permitir horários e percursos personalizados para cada utilizador não é novidade: o táxi já o faz hoje em dia e de forma que nunca poderá ser totalmente replicada por um sistema de PRT.

Resta-nos analisar a contribuição do PRT para a redução do consumo energético e independência do petróleo. Comecemos por este último: a única razão porque ainda estamos dependentes do crude como principal fonte energética dos veículos automóveis deve-se à inexistência, por enquanto, de tecnologias comparativamente mais baratas e eficientes. Alternativamente, a redução do consumo de energia tem sido conseguida através de constantes melhorias implementadas nos motores de combustão interna.

Finalmente, devemos ter em consideração que o PRT acarreta um vasto investimento que prende, durante muitas décadas, um município a determinada tecnologia, não permitindo que quaisquer melhorias tecnológicas possam ser facilmente adoptadas.