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junho 07, 2003


Algarve Futebol Clube


Comentei, em post anterior, a sugestão do Presidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim, em os clubes de futebol da ilha se fundirem num só. Referi que, desta união, as vantagens seriam não só financeiras como também desportivas - uma equipa capaz de competir pelos primeiros lugares. E, se faz sentido para a Madeira, porque não para outras regiões do país onde a pequena dimensão das equipas limita a sua capacidade competitiva. O Algarve é um excelente exemplo.

A I Liga do campeonato de futebol português não terá a jogar, na próxima época (2003/2004), qualquer equipa sediada a sul do rio Tejo - na presente época o campeonato "acabava em Setúbal" (equipa que desceu de divisão).
Na II Liga o Portimonense falhou a subida (5°) e o Farense evitou a descida (11°). Louletano e Olhanense, classificaram-se, respectivamente, em 3° e 10° na II Divisão B/Zona Sul (só o 1° sobe de divisão).

Juntar os recursos destes 4 clubes seria a estratégia que, à semelhança da Madeira, pode produzir uma equipa capaz de competir pelos lugares de acesso às competições europeias. Uma grande equipa capta, ainda, a atenção de mais adeptos - de todo o Algarve e, possivelmente, Baixo Alentejo. A actividade económica do Algarve, tal como a referida ilha, baseia-se, quase exclusivamente, no Turismo pelo que a maior notoriedade, a nível internacional, de uma equipa algarvia é uma óptima forma de divulgação.

Outro importante incentivo à fusão é a construção do novo estádio entre Faro e Loulé, a propósito do Euro 2004, dado que os clubes, sozinhos, não conseguirem - mesmo na I Liga - cativar suficiente número de adeptos para atingir a lotação máxima deste (cerca de 30 mil lugares). Ainda, a Via do Infante, como importante elo de ligação de toda a região do Algarve - de Lagos a Vila Real de Sto. António -, possibilitará, a todos os algarvios, melhor acesso aos jogos no referido estádio.

As receitas da venda dos estádios de cada clube (dentro ou na proximidade das suas cidades) seria fonte de financiamento suficiente para sanear as contas dos mesmos. Agora só falta saber a resposta a uma importante questão: há adeptos interessados?