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fevereiro 21, 2004


O Défice


Hoje, na SIC Notícias:

Durão Barroso (PSD) e Paulo Portas (PP) congratulam-se por, em situação de recessão, terem conseguido manter o défice orçamental abaixo dos 3% do PIB (2,8%). Apesar de, por incompetência, o fazerem à custa de receitas extrordinárias e não das necessárias reformas estruturais...

Ferro Rodrigues (PS) diz que o défice seria de 5% sem a "utilização de receitas extraordinárias irrepetíveis" e que a situação económica destes últimos anos é "a recessão mais grave desde a 2a Guerra Mundial". Claro que se esqueceu de referir as despesas não-extraordinárias que causaram todo este embróglio: as do governo de Guterres em que ele, como Ministro da Segurança Social e do Trabalho, contribuiu, por exemplo, com o desperdício de 164 milhões de euros.

Lino de Carvalho (PCP) afirma que este "défice virtual" é uma "hipoteca das futuras gerações". Mas o partido que ele representa continua a exigir o aumento das despesas públicas ("investimento" e "despesas sociais") aumentando, assim, o défice e - consequentemente - a dívida pública. Perceberá ele que a Dívida Pública é a verdadeira "hipoteca das futuras gerações"???

Francisco Louçã (BE) declama que "todos os meses verificamos que continua a queda das receitas fiscais, ou seja, aumenta a fraude". Mas, como professor de economia, não saberá ele que, numa recessão, a queda das receitas fiscais é inevitável???

Alguém ainda se admira porque, em todas as eleições, a taxa de abstenção está a aumentar?