março 02, 2004
Robin dos Bosques IV
Volto às aventuras do "herói" inglês! (leiam as partes I, II e III - os links abrem em novas janelas!)
"Roubar os ricos para dar aos pobres". Esta forma de justiça social está enraizada nas mentes da maioria da população - e, por consequência, na classe política.
Verifica-se, conforme post anterior, que a carga tributária dos salários mais altos pode ascender a 60% da remuneração paga pela empresa. Este valor é, provalvelmente, superior, dado que - nos pressupostos assumidos - considerei, para o consumo, uma taxa média de IVA de apenas 12%; mas quanto maior o rendimento, menor é o consumo de produtos e serviços com baixas taxas de IVA (actualmente, o IVA varia entre 5% e 19%).
A desigualdade de tratamento dos contribuintes é um incentivo à evasão fiscal. Para a combater, o Estado investe em dispendiosos recursos (leis, processos administrativos, informatização, fiscais, etc), financiados por uma carga tributária cada vez mais pesada - incentivando ainda mais a evasão. Contudo, deveria, antes, haver a avaliação da eficiência das medidas do Estado em redistribuir riqueza - aplicadas através de taxas de imposto progressivas.
Penso que será senso-comum o facto dos cidadãos com remunerações mais altas, em situação de igualdade tributária, serem - em percentagem do seu rendimento bruto - os que mais poupam. E, hoje em dia, as poupanças já não ficam dentro do colchão: elas são investidas! Ao confiscar recursos, o Estado está, deste modo, a reduzir o nível de investimento privado na economia.
No entanto, a crença na eficiência dos investimentos públicos persiste - que, a verificar-se, não haveria, em termos de criação de riqueza, qualquer diferença entre investimento privado e público. Tento a seguir desmistificar o dogma:
Se os investimentos públicos são menos eficientes, então a cobrança de elevadas taxas de imposto aos contribuintes que mais investem é uma forma de destruição de riqueza - e, claro, de emprego!!!
"Roubar os ricos para dar aos pobres"! Alguém ainda acredita na fábula?
"Roubar os ricos para dar aos pobres". Esta forma de justiça social está enraizada nas mentes da maioria da população - e, por consequência, na classe política.
Verifica-se, conforme post anterior, que a carga tributária dos salários mais altos pode ascender a 60% da remuneração paga pela empresa. Este valor é, provalvelmente, superior, dado que - nos pressupostos assumidos - considerei, para o consumo, uma taxa média de IVA de apenas 12%; mas quanto maior o rendimento, menor é o consumo de produtos e serviços com baixas taxas de IVA (actualmente, o IVA varia entre 5% e 19%).
A desigualdade de tratamento dos contribuintes é um incentivo à evasão fiscal. Para a combater, o Estado investe em dispendiosos recursos (leis, processos administrativos, informatização, fiscais, etc), financiados por uma carga tributária cada vez mais pesada - incentivando ainda mais a evasão. Contudo, deveria, antes, haver a avaliação da eficiência das medidas do Estado em redistribuir riqueza - aplicadas através de taxas de imposto progressivas.
Penso que será senso-comum o facto dos cidadãos com remunerações mais altas, em situação de igualdade tributária, serem - em percentagem do seu rendimento bruto - os que mais poupam. E, hoje em dia, as poupanças já não ficam dentro do colchão: elas são investidas! Ao confiscar recursos, o Estado está, deste modo, a reduzir o nível de investimento privado na economia.
No entanto, a crença na eficiência dos investimentos públicos persiste - que, a verificar-se, não haveria, em termos de criação de riqueza, qualquer diferença entre investimento privado e público. Tento a seguir desmistificar o dogma:
1 - o Estado, como intermediário entre o agente económico criador de riqueza e o projecto de investimento, consome recursos que não seriam necessários se fosse possível ao agente económico privado faze-lo directamente;
2 - o grau de fiscalização do investidor privado é maior (trata-se do seu dinheiro!);
3 - a gestão, estratégia e liderança dos investimentos privados não depende de ciclos eleitorais;
4 - um investidor privado avalia um investimento pela sua rentabilidade financeira e risco (e não pela garantia de vitória nas próximas eleições);
5 - o gestor de um projecto de investimento privado é nomeado pela sua capacidade de criação de riqueza (não pela sua capacidade de retórica ou ideologia política);
6 - o agente económico privado não continua a investir em modelos de negócio ineficazes (apenas por razões ideológicas);
7 - um mau investimento privado não tem consequências devastadoras para toda a economia.
Se os investimentos públicos são menos eficientes, então a cobrança de elevadas taxas de imposto aos contribuintes que mais investem é uma forma de destruição de riqueza - e, claro, de emprego!!!
"Roubar os ricos para dar aos pobres"! Alguém ainda acredita na fábula?