<$BlogRSDUrl$>

novembro 04, 2004


Interesses da População?


N'A Baixa do Porto, segundo TAF - webmaster deste blog comunitário -, constata-se que "que já nada há a esperar dos actuais protagonistas da política portuense". O descrédito nos actuais políticos não é, contudo, razão para TAF deixar de acreditar numa solução política(?) (meus destaques):
"Estou convencido de que a solução passará sempre pelos partidos políticos. No sistema actual é principalmente aos partidos que cabe a responsabilidade de apresentar propostas e candidatos, de estudar políticas, de apontar caminhos para a gestão autárquica. A intervenção da sociedade civil pode fazer-se também pela participação na vida interna dos partidos, obrigando-os a agirem de acordo com os interesses da população e não em função das guerrilhas mais mesquinhas que agora todos observamos com indignação. Os partidos e os seus dirigentes são o que são porque nós deixámos! Por termos outros interesses perfeitamente legítimos, por faltar paciência, seja lá pelo que for, a política ficou entregue a quem não está à altura das responsabilidades que lhe foram atribuídas."

Os "interesses da população" não existem. Cada indivíduo tem os seus próprios interesses. Alguns destes são comuns a outros indíviduos. Não são, no entanto, comuns à generalidade da população portuense. Tais diferenças revelam-se até nas eleições autárquicas - em que o actual presidente da Cãmara Municipal do Porto, Rui Rio (coligação PSD/PP), conquistou o poder com os votos de apenas 21% dos eleitores.

Uma solução política que realmente defenda os "interesses da população" teria de ser legitimada com 100% dos votos!!!

Como afirmei anteriormente, a solução passa exclusivamente pelo respeito da propriedade privada. Quem, por exemplo, prefere jardins à construção de centros comerciais pode defender os seus interesses adquirindo as respectivas propriedades. É ilegítimo tentar faze-lo através de roubo: "expropriações", "leis de edificação urbana", Sociedades de Reabilitação Urbana, etc.