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dezembro 23, 2003


Capital do Móvel III


Ontem, no artigo do jornal Público intitulado "Mais de 40 por cento da indústria nacional de mobiliário em risco" (meu bold):
"A medida proposta ao Ministério da Economia, que dá prioridade à formação dos 'empresários e quadros superiores do sector', ainda está por fazer."

O presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Arménio Pereira, parece não partilhar da estratégia proposta para o sector. Segundo este, o que falta é mais dinheiro do Estado (meu bold):
"Arménio Pereira acusa o ICEP de não apoiar a indústria e de 'continuar de costas voltadas para o sector', dando como exemplo o fracasso das bienais de 'design'. 'Onde estão?', perguntava, reclamando a intervenção do Estado. 'Em cinco anos, não conseguimos aumentar as exportações e milhares de empresas vão cair como castelos de cartas na região do Sousa, se não houver uma mão paterna'. "

Mas, na região, há empresas que beneficiam com as falências das suas concorrentes (meu bold):
"A Disarte factura actualmente 2,5 milhões de euros, adquiriu recentemente novo equipamento, a preços mais acessíveis por falência de um concorrente, e investiu nos últimos quatro anos cerca de 2,5 milhões de euros, com exclusivo recurso a capital próprio. A empresa tem pedido dinheiro à banca, mas esta não a tem apoiado."

O desenvolvimento sustentado do mercado de mobiliário passa, necessariamente, pela falência das empresas ineficientes e pela fusão/aquisição das mais eficientes - com o consequente fluxo dos trabalhadores das piores empresas para as melhores.

Nota: já aqui enumerei algumas das estratégias necessárias ao desenvolvimento do sector; aos interessados deixo os links dos anteriores posts intitulados "Capital do Móvel": parte I e II.