março 21, 2004
Fuga das Galinhas IV
Quem costuma passar por este blog já sabe que o supracitado título é dedicado ao "galinheiro" presente nos debates televisivos portugueses. Embora em menor escala, o fenómeno também acontece nas reportagens e entrevistas transmitidas nas televisões portuguesas. Transcrevo um post do Desesperada Esperança:
O profissionalismo de um entrevistador caracteriza-se, também, pela capacidade de se manter informado e de não "interferir" na opinião do entrevistado. Paulo Camacho tem, tal como a maioria dos seus colegas de profissão, o costume de interromper o raciocínio do entrevistado com novas perguntas e/ou opiniões - por outras palavras, fala fluente "galinhês"! Transcrevo duas das regras de senso-comum publicadas no primeiro post intitulado "Fuga das Galinhas":
Infelizmente a eficaz aplicação destas simples regras - apesar de qualquer jornalista as conhecer - deixa muito a desejar. Assim, numa entrevista, debate ou reportagem, o acesso do público à informação é deturpada, tornando a qualidade do produto inferior ao seu potencial. Um canal de televisão - que queira ser forte neste segmento de mercado - deve ter especial atenção à forma como a informação chega ao espectador. Um debate ou entrevista não é uma conversa de esplanada. Trata-se, sim, de um veículo de transmissão de informação!
Aos interessados (Paulo Camacho?), sugiro que leiam os anteriores posts sobre o assunto: "Fuga das Galinhas I", "Fuga das Galinhas II" e "Fuga das Galinhas III".
"Pacheco Pereira na SIC. Paulo Camacho não percebe que aquilo não é um debate, e diz, contra o que JPP estava a dizer, que os EUA ainda não conseguiram fazer progressos no Médio Oriente. Enfim, é a sua opinião, que devia ter guardado para si, mas isso é outra questão. Claro que ele deve saber isso melhor que, sei lá, os iraquianos, que nesta sondagem [PDF], até disseram que as coisas estavam melhores do que antes da guerra. Mas, reconheço, que sabem eles? Pobres diabos. Paulo Camacho disse que não, e ele deve saber muito melhor..."
O profissionalismo de um entrevistador caracteriza-se, também, pela capacidade de se manter informado e de não "interferir" na opinião do entrevistado. Paulo Camacho tem, tal como a maioria dos seus colegas de profissão, o costume de interromper o raciocínio do entrevistado com novas perguntas e/ou opiniões - por outras palavras, fala fluente "galinhês"! Transcrevo duas das regras de senso-comum publicadas no primeiro post intitulado "Fuga das Galinhas":
5. Os jornalistas devem ser imparciais – a maioria pensa que é mas, em alguns debates, estes parecem falar mais que os convidados. Apesar de terem a sua opinião, o público está interessado em ouvir as opiniões dos convidados e não a dos jornalistas;
6. O jornalista não deve interromper a resposta do convidado com outra pergunta (...)
Infelizmente a eficaz aplicação destas simples regras - apesar de qualquer jornalista as conhecer - deixa muito a desejar. Assim, numa entrevista, debate ou reportagem, o acesso do público à informação é deturpada, tornando a qualidade do produto inferior ao seu potencial. Um canal de televisão - que queira ser forte neste segmento de mercado - deve ter especial atenção à forma como a informação chega ao espectador. Um debate ou entrevista não é uma conversa de esplanada. Trata-se, sim, de um veículo de transmissão de informação!
Aos interessados (Paulo Camacho?), sugiro que leiam os anteriores posts sobre o assunto: "Fuga das Galinhas I", "Fuga das Galinhas II" e "Fuga das Galinhas III".