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setembro 27, 2003


Milionário aos 60


Gostariam de receber 1 milhão de euros aos 60 anos de idade?
Esta aparente lotaria instantânea poderia ser realidade se a parte do salário do trabalhador que financia o actual sistema de Segurança Social fosse investida pelo contribuinte.

Para chegar ao valor acima referido temos de fazer uso de simples fórmulas de Cálculo Financeiro - fáceis de aplicar para quem tem um programa de cálculo como, por exemplo, o Excel.

Pressupostos:
- O contribuinte é um trabalhador dependente com zero número de dependentes
- Segurança Social - Trabalhador: 11% do salário bruto
- Segurança Social - Empresa: 23,75% do salário bruto
- Taxa de Inflação: 0% (maior facilidade de comparação entre valores actuais e futuros)
- Taxa de Juro real (anual): 3% (igual à taxa nominal porque a taxa de inflção é zero)
- Início de actividade laboral: 20 anos de idade
- Fim de actividade laboral: 60 anos de idade
- Anos de poupança: 40 anos
- Número períodos de desconto: 480 meses (40 anos x 12 meses)
- O trabalhador nunca terá um aumento real do salário (aumentos iguais à inflação: 0%)
- As tabelas das taxas de retenção na fonte aplicadas não sofrem alterações

Uma vez que as fórmulas podem ser aplicadas a qualquer remuneração, vou começar pelo salário mínimo.

Cálculo:
- Salário bruto mensal: 357 euros (salário mínimo nacional 2003)
- Segurança Social - Trabalhador: 39 euros
- Segurança Social - Empresa: 85 euros
- Segurança Social - Contribuição Total: 124 euros
- Segurança Social - contribuição mensal ajustada [(Contribuição Total x 14 salários) / 12 meses]: 145 euros

- Valor poupado ao fim de 40 anos: 134.032 euros
=> A fórmula usada em Excel foi:
=FV(Tx. Juro anual/12 meses; 480 meses; - 145 euros)

Durante a reforma, quanto é que, por mês, o trabalhador terá disponível?

Assumindo que:
- o trabalhador espera viver por mais 60 anos (até aos 120 anos de idade), ou seja, durante 720 meses
- o trabalhador continua a querer receber o equivalente a 14 pagamentos anuais (12 meses + "subsídios" de férias e de Natal)
- a taxa de juro real e de inflação mantêm-se (3% e 0%, respectivamente)

A "remuneração" mensal das suas poupanças é de 344 euros.
=> A fórmula usada em Excel foi:
=PMT(Tx. Juro anual/12 meses; 720 meses; - 134.032 euros) x 12/14

Nota: este valor é 8,3% superior à remuneração líquida durante os anos de actividade.
344 > 318 = 357 x (1 - 11% de Segurança Social - 0% de retenção na fonte).


Perguntam os mais impacientes:
Quanto é que terá de ser o salário bruto para se receber 1 milhão de euros aos 60 anos de idade?

Resposta:
Mantendo os anteriores pressupostos, 2.664 euros de salário bruto, que corresponde a um salário líquido de 1.718 euros (retenção na fonte de 24,5%)
Nota: Assumindo a mesma longevidade (60 anos) e distribuição de pagamentos (14), a "remuneração" mensal durante os anos de reforma será de 2.568 euros (49,5% superior à dos anos de actividade).

PS1: para o trabalhador com salário mínimo receber 1 milhão de euros aos 60 anos de idade, a taxa de juro real teria de ser 10,3%.

PS2: em caso de óbito do contribuinte, as poupanças até então acumuladas revertem para os benefeciários do seu testamento - ao contrário do actual sistema de Segurança Social.

Deixo-vos a pergunta: QUEM QUER SER MILIONÁRIO?


setembro 26, 2003


Música portuguesa por decreto III


Foram aprovadas as propostas de lei para a imposição de quotas de música portuguesa na rádio. Como aqui antes afirmei, a intervenção do Estado no mercado radiofónico não é uma solução viável, apesar da opinião do "lobby de músicos portugueses":

"A Associação Venham Mais Cinco, fundada há alguns meses por João Gil, Luís Represas, David Fonseca, Rui Veloso e Manuel Faria, tem vindo a reclamar um tratamento preferencial da música portuguesa e a aprovação de uma lei de protecção à música nacional que garanta um mínimo de 40 por cento de produção portuguesa nas programações radiofónicas." (in Público 26/09/2003)

A solução deverá sempre passar pelo próprio mercado. É precisamente um músico (Ulisses) que, no blog Canal Maldito, apresenta a melhor estratégia (meus bolds):

Diagnóstico:
"(...) temos discos que vendem e que não passam nas rádios, temos discos que passam nas rádios e que não vendem e temos discos que não fazem nem uma coisa nem outra mas que podiam fazer mais qualquer coisa."

A melhor estratégia? Conhecer o mercado:
"As editoras, antes de editar, deviam efectuar estudos de mercado, saber aquilo que as pessoas querem ouvir, acompanhar a evolução das tendências, escutar as maquetas e submeter os projectos escolhidos numa primeira fase à análise de um público restrito mas representativo.
Dessa forma poupar-se-ia imenso dinheiro em edições fracassadas, apostar-se-ia mais em música nacional e as próprias rádios teriam mais confiança nas editoras, como parceiros de negócio que são."

Aqui está a chave para o sucesso da música portuguesa:
"As editoras, as rádios e todos os agentes musicais no geral, deveriam reposicionar-se face ao mercado e ouvir as pessoas, que são quem sustenta muitos de nós. Como manda a regra, 'o cliente tem sempre razão'."

Lamentavelmente, a referida Associação Venham Mais Cinco preferiu "reclamar tratamento preferencial" em vez de procurar conhecer como o mercado radiofónico funciona. E bastava ouvir o que os colegas de profissão tinham a dizer!


setembro 24, 2003


Música portuguesa por decreto II


Afinal não é só o PS a apresentar projecto para impôr quotas de difusão de música portuguesa na rádio.
O PP também foi atrás do lobby (meus bolds):

"Estas propostas vêm na sequência dos encontros mantidos por músicos, produtores e representantes da indústria discográfica com os vários grupos parlamentares há alguns meses"

O que irão fazer os partidos quando as rádios, obrigadas a cumprir a lei(?), se queixarem de prejuízos provocados pelo redução de ouvintes?
Como disse no post anterior: o gosto musical do consumidor de rádio não pode ser alterado por decreto.


setembro 21, 2003


Música portuguesa por decreto


No caderno de Economia do semanário Expresso encontrei esta idiotice:

"O PS vai apresentar, na próxima quarta-feira, um projecto de lei que visa introduzir quotas mínimas para a difusão da música portuguesa na rádio. Contactado pelo EXPRESSO, o PSD disse que "por princípio" não se opõe à proposta, apesar de a considerar "desgarrada" e insuficiente." (in "PS quer proteger música portuguesa", Expresso de 20/09/2003)

A referida proposta do PS (ficheiro em formato doc) pode ser resumida nos seguintes excertos:

"Este projecto de lei visa, assim, defender a música portuguesa, valorizando o papel dos autores, compositores, intérpretes e editoras e todos os parceiros envolvidos no sector e dinamizando o mercado musical e artístico nacional."

"A difusão de música ligeira portuguesa, vocal ou instrumental, preencherá um mínimo de 20 a 40% da totalidade da música difundida por serviço de programa."

"O controlo das percentagens difundidas pelos serviços de programas compete ao Instituto da Comunicação Social, em termos a regulamentar pelo Governo."

"A infracção ao disposto na presente lei constitui contra-ordenação punível com coima de 3.000 a 50.000 euros."

Supondo que o projecto-lei do PS - ou qualquer projecto semelhante - é aprovado, poderá a música portuguesa ser beneficiada?
A minha resposta é NÃO!

O gosto musical do consumidor de rádio não pode ser alterado por decreto. Aos ouvintes que não apreciam a qualidade da maioria da música portuguesa, a alternativa será, entre outras, optar por ver televisão (MTV?) ou ouvir os CDs das bandas estrangeiras preferidas (adquiridos de forma legal ou...ilegal - MP3?).
Ao perder "clientes", o mercado radiofónico perderá as receitas de publicidade das empresas interessadas nesse segmento. Desta forma, uma estação de rádio não-pública tentará quebrar a "lei" ou será forçada a "desligar microfones" (falência, para quem não percebeu!!!) sobrevivendo apenas aquelas que, hoje, já têm uma base de clientes fiéis à música portuguesa.

Os músicos portugueses também não conseguirão aumentar as vendas porque não existirá meio eficaz de atingir os potenciais novos clientes (os que preferem música estrangeira deixam de ouvir rádio...). A aplicação do projecto até pode reduzir as vendas de CDs de artistas portugueses - considerem a possibilidade de que quem compra música portuguesa o faz porque não a consegue ouvir na rádio...

Este é um projecto idiota concebido por políticos que, antes demais, deveriam conhecer como o mercado funciona.
Se existe nicho de mercado para a música portuguesa, surgirá, mais cedo ou tarde, uma estação de rádio que aproveite a oportunidade - possivelmente até já existem algumas.
A melhor estratégia para aumentar a quota de mercado da música portuguesa implica que os músicos portugueses produzam música ao gosto da maioria dos consumidores portugueses e não através de intervenção estatal.

Nota: Como contribuinte, não quero ver o dinheiro dos meus impostos ser gasto numa lei que, além de ineficiente, limita a liberdade dos portugueses escolherem a música que querem ouvir na rádio. Mas, pelo seguinte excerto do referido projecto, o mercado radiofónico parece ser apenas o começo (meu bold):

"O estabelecimento de quotas mínimas de difusão, neste ou noutros sectores, deve entender-se como uma medida excepcional, apta a corrigir situações cuja continuidade ponha em causa tão importantes valores culturais e, portanto, adaptável à evolução dessas mesmas situações."

Os "valores culturais" não podem generalizar-se (são diferentes em cada cidadão) e não podem ser definidos (estão em constante mutação).


setembro 17, 2003


Benchmarking televisivo


O Mata-Mouros, depois de ver um episódio da série "Causa Justa" (título original: "The Practice"), comentou o funcionamento da justiça portuguesa em comparação com a retratada na série (a americana...).

Será que as normas processuais apresentadas em uma série de ficção são um retrato credível do sistema judiciário dos EUA?
Apesar de não conhecer, em pormenor, o sistema judicial dos EUA penso que, nestes casos, a ficção não pode desviar-se muito da realidade: senão, perder-se-ia, aos olhos dos espectadores americanos, a "credibilidade" da história. Deste modo, a série, como "imagem retocada" da realidade americana, é um óptimo meio de reconhecimento de métodos de trabalho mais eficientes.

Mas, e se não fosse verdade?

O referido post fez-me recordar a definição do termo Benchmarking:
"O Benchmarking é um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho de organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade de introduzir melhorias na organização." (in AEP)


Será necessário o objecto de estudo ser uma organização real?
Penso que não é importante saber se as "melhores práticas" são, ou não, implementadas em outras organizações. Interessa, sim, a implementação de práticas que aumentem a "rentabilidade" dos activos da nossa organização - independentemente da fonte de inspiração.

Acredito que o Benchmarking deve ser mais um guia para a recolha de conhecimento do que um
processo de "fotócopia" de ideias de outros
- muitas vezes, devido a diferenças organizacionais (capital humano, cultura, liderança, etc), "copiar" torna-se impraticável e ineficiente.
As fronteiras da realidade não limitam os processos de inovação de organizações de sucesso - para elas não existem fronteiras!

NOTA: Aos nossos governantes deixo algumas sugestões de séries com as quais podem aprender (infelizmente quase só séries americanas):

Sistema judicial:
The Practice (transmitida na TVI)
Philly (transmitida na RTP2)
Judging Amy (transmitida na SIC Mulher)

Investigação criminal:
Law & Order
CSI - Crime Scene Investigation
NYPD Blue (anteriormente transmitida na SIC Radical)

Serviços de emergência:
ER (anteriormente transmitida na RTP1)
Third Watch (anteriormente trransmitida na RTP1)

Educação:
Education of Max Bickford (anteriormente transmitida na RTP2)
Boston Public

Política (estas, Sr. Primeiro Ministro, Durão Barroso, obrigatórias!):
West Wing (anteriormente transmitida na TVI)
Yes, Minister (anteriormente transmitida na RTP1)


setembro 10, 2003


Investimentos Públicos: Custos de Oportunidade


O Liberdade de Expressão, em resposta ao Irreflexões, escreveu um post, intitulado Deficit IV, do qual destaco alguns excertos que gostaria de comentar:

"Se um investimento é vulnerável ao fenómeno dos free-rider então esse investimento tem a sua rentabilidade comprometida, já que o estado não tem capacidade para cobrar o investimento aos beneficiários"

Um investimento vulnerável ao fenómeno dos free-riders é precisamente o investimento que só pode ser "rentável" com financiamento estatal.
Exemplo: a Expo'98 - evento considerado pelo Liberdade de Expressão como "elefante branco" - só foi rentável (sim, rentável!) porque apenas o Estado teve a capacidade de "cobrar", indirectamente, os efeitos positivos para a economia portuguesa. Como poderia a empresa pública Parque Expo, SA cobrar o custo do projecto aos "beneficiários externos" (hotéis, restaurantes, transportes, etc) se esta fosse uma empresa privada?

Contudo, o estudo referido na notícia (ver link acima) peca por um motivo: refere a valorização imobiliária como um benefício. Este não deveria ser quantificado porque o "negócio" do Estado não é o mercado imobiliário (a julgar pelas medidas de combate ao défice da Ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, posso estar errado!).

O Liberdade de Expressão poderá afirmar - e com razão - que a requalificação da zona oriental de Lisboa poderia ter sido realizada apenas por privados. A Gare do Oriente seria paga pela CP, Metro, Carris e Expressos, a FIL pela AIP, o Teatro Camões pelo La Féria(?), os terrenos urbanizáveis por promotores imobiliários e o pavilhão Atlântico, Marina e Oceanário por outras tantas entidades privadas.
Não referi o Pavilhão Virtual, de Portugal, do Conhecimento e do Futuro porque a rentabilização destes ainda hoje é discutida - com investimento privado esse risco seria minorado (planeamento financeiro).

O investimento do Estado na organização da Expo'98 só pode ser justificado pela maior receita proveniente de turistas estrangeiros e cujos beneficiários é impossível atribuir (e cobrar) uma porção dos custos do evento.

Mas, antes da aprovação de qualquer investimento público, o Estado teria de ter em conta custos de oportunidade. O Liberdade de Expressão enumera alguns:

"Será que são necessárias mais estradas? Mais portos? Mais aeroportos? Se são, quais? Se calhar o que faltam são fotocopiadoras, computadores, telemóveis. Aposto que alguns serviços públicos funcionariam melhor com mais uma fotocopiadora. Quem poderá saber?"

"Como não existe um mercado de investimentos públicos, não existe nenhum termo de comparação que permita aferir da bondade de um investimento concreto. Como o investimento não depende da procura potencial, qualquer investimento público é justificado por valores políticos que não podem ser quantificados."

"Como não existe um mercado de investimento públicos, todas as decisões são tomadas centralmente por decisores iluminados e os erros são frequentes."

Com a organização da Expo'98 o Estado deveria ter avaliado os benefícios para a economia de, por exemplo, alternativamente, investir o dinheiro na modernização da Administração Pública reduzindo, no futuro, as despesas correntes e, consequentemente, os impostos. O benefício deste investimento afectaria toda a economia e não apenas o Turismo e Construção Civil...

Penso que o "mercado de investimentos públicos" deverá ser o processo eleitoral.
O que deve ser obrigatório ao Estado é a apresentação de estudos económicos dos seus projectos, i.e., informar sobre a contribuição das opções de investimento público para o desenvolvimento da economia portuguesa (ex: "a Expo'98 vai trazer mais 2 milhões de turistas a Portugal"). Os "valores políticos" seriam avaliados nas urnas depois de determinado governo, na campanha, explicar as suas opções - explicação baseada em números e não em retórica.
Deste modo, quanto mais complicada a quantificação de investimentos públicos (os "elefantes brancos") menores as hipóteses do governo ser reeleito - perguntaríamos: "porquê aplicar X milhões de euros dos meus impostos nos projectos Y e Z se privados o podem fazer com o seu dinheiro?" ou "Haverá benefícios para toda a economia portuguesa ou só para determinado sector?", etc.
Esta é uma prática que nós, como cidadãos, devemos exigir. Assim, talvez se evitem opções de investimento descritas pelo Liberdade de Expressão:

"O investimento só dá lucro a médio prazo e as eleições são daqui a dois anos. Este defeito, longe de ser uma característica deste ou daquele governo, é uma característica de todos os governos. O peso da despesa má cresce sempre porque todos os governos querem resultados a curto prazo."

Para além do custo de oportunidade dos investimentos públicos existe a questão temporal da sua implementação: será eficaz em época de recessão? O Liberdade de Expressão já apresentou, em pormenor, as razões para se manter o rigor orçamental.

PS: em última análise, o custo de oportunidade dos investimentos do Estado "obriga-o" a emagrecer: é sempre preferível serem os contribuintes portugueses a decidir, cada um, qual o melhor investimento - em vez de se beneficiar determinada empresa e/ou sector de actividade.


setembro 07, 2003


Marketing on-line


Muito se fala sobre a falta de conhecimentos de marketing dos empresários portugueses. A maioria, porque gerem microempresas, não têm tempo e/ou capacidade financeira para frequentar cursos especializados.

Mas, porque não começar na internet?
Talvez porque não existem suficientes sites portugueses que disponibilizam tal informação...

Pessoalmente, gostaria de ver as Universidades portuguesas assimilarem a iniciativa do Massachusetts Institute of Technology (MIT) que através do projecto Open CourseWare está a disponibilizar, on-line e gratuitamente, os seus cursos (2.000 até 2006) - informação via Wired Magazine. Os empresários fluentes em inglês podem começar pelo curso "Introduction to Marketing" (15.810).

Outros terão de se contentar - para além dos livros e revistas especializadas - com o site do IAPMEI e... blogs???

Deixo, aos docentes das diversas escolas de gestão portuguesas, o desafio de criarem blogs (individuais ou institucionais) de forma a contribuirem, ainda mais, para o desenvolvimento das nossas PMEs.


Uma lição de Marketing Sr. Reitor?


Através do Causa Liberal encontrei o post do Núcleo Duro, intitulado "Se Kafka soubesse...". Nele, o autor descreve o péssimo serviço da secretaria da Universidade de Coimbra quando este pediu o certificado de curso (para o obter terá de pagar 150 euros por um diploma que estará disponível na próxima década). Na minha faculdade passei por situação semelhante. Os prazos de entrega, contudo, não se equiparam aos descritos pelo Núcleo.

Será esta a melhor estratégia para uma Universidade desenvolver a sua marca?

Qualquer reitor deveria saber que a reputação da instituição por si gerida não depende apenas da qualidade de ensino mas, também, das interacções dos alunos com os seus serviços administrativos.
O mau atendimento da secretaria limita a vontade do ex-aluno querer, de futuro, voltar, voluntariamente, a lidar com a mesma burocracia - e, manter o contacto com ex-alunos é, entre outros, um importante meio de comunicação entre as universidades e o mundo empresarial.

É estrategicamente mais eficiente acrescentar, em cada ano lectivo, uma porção do valor do diploma ao valor da propina.
Ainda, Sr. Reitor da Universidade de Coimbra, dado que a maioria dos estudantes da Universidade não é habitante da cidade, que tal enviar o referido certificado pelo correio?