janeiro 28, 2004
Insider Trading
No Público, via Causa Liberal (meus bolds):
Não há razão para se gastar o tempo - e dinheiro - dos tribunais criminais no julgamento destes casos! Porquê? Leiam o post da Causa Liberal (neste blog, todos os links abrem nova janela) e, depois, voltem aqui...
"Insider trading" caracteriza a pessoa que usou, em benefício próprio, informação privilegiada sobre a empresa onde trabalha.
Exemplo: o Director Geral que, sabendo da má situação financeira da "sua" empresa, vende as suas acções antes que a notícia chegue aos restantes accionistas - e/ou avisa os amigos.
Pergunto: quem é prejudicado? Quem compra as acções e depois vê o valor das mesmas descer no dia seguinte? Mas, esse investidor efectua a compra, quer o Director Geral venda ou não as suas acções!!!
O comprador é lesado porque a informação não foi comunicada mais cedo. E, não o foi porque os indivíduos com acesso a essa informação (os trabalhadores da empresa) não podem beneficiar da sua posse - regras impostas pela Bolsa de Valores.
Boas ou más notícias sobre determinada empresa só são comunicadas quando existem provas do sua veracidade.
Exemplo: a informação sobre vendas do corrente trimestre abaixo do previsto só é apresentada em Abril, depois dos números terem sido calculados pelo departamento financeiro - mas, os vendedores já têm, provavelmente, essa percepção (não podem é dize-lo porque não têm o suporte das provas documentais).
Mas, imagine-se que o vendedor tinha a possibilidade (legal) de, baseado em informação "privilegiada", efectuar operações de bolsa. Deste modo, ele estaria a intervir no mercado segundo a sua percepção do "real" preço das acções. No caso de acreditar no mau trimestre da empresa, ele irá vender as acções da mesma. Dado que o montante movimentado pelo vendedor não é suficiente para fazer a cotação baixar, ele continua a ser o único possuidor da informação "privilegiada".
Mas, então porque não continuar com esta estratégia? Porque é apenas a sua percepção... e pode estar errada! O privilégio da informação está limitado ao que ele conhece da empresa - ele não sabe o que os outros trabalhadores sabem e nem sabe o que os actuais e potencias accionistas pensam saber.
No entanto, conforme o final do trimestre se aproxima, as certezas aumentam. Contudo, nesta altura, outros agentes económicos (trabalhadores ou não) começam a ter a mesma percepção e realizam operações de bolsa semelhantes - a transmissão de informação ao mercado deixa, assim, de ter uma data pré-determinada e passa a ser gradual.
No actual exemplo, o preço das acções baixa e os investidores que as compram no final do trimestre - antes da comunicação oficial - não têm as perdas que teriam se os trabalhadores fossem proibidos de "lucrar" com a informação que possuem.
É um ciclo vicioso: existe "insider trading" porque há informação privilegiada; mas há informação privilegiada porque é proibido os trabalhadores comunicarem ao mercado as suas percepções sobre o valor futuro das acções da empresa - por, segundo a lei, ser "insider trading"!!!
"A juíza Helena Nogueira [Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa] aplicou a Magalhães Pinto [ex-administrador da Mota & Companhia] uma punição de multa de 180 dias e fixou o valor da mesma em 350 euros por dia [63 mil euros], metade da pena máxima prevista no Código de Mercado de Valores Mobiliários para o crime de abuso de informação privilegiada, conhecido como 'insider trading' (...)"
Não há razão para se gastar o tempo - e dinheiro - dos tribunais criminais no julgamento destes casos! Porquê? Leiam o post da Causa Liberal (neste blog, todos os links abrem nova janela) e, depois, voltem aqui...
"Insider trading" caracteriza a pessoa que usou, em benefício próprio, informação privilegiada sobre a empresa onde trabalha.
Exemplo: o Director Geral que, sabendo da má situação financeira da "sua" empresa, vende as suas acções antes que a notícia chegue aos restantes accionistas - e/ou avisa os amigos.
Pergunto: quem é prejudicado? Quem compra as acções e depois vê o valor das mesmas descer no dia seguinte? Mas, esse investidor efectua a compra, quer o Director Geral venda ou não as suas acções!!!
O comprador é lesado porque a informação não foi comunicada mais cedo. E, não o foi porque os indivíduos com acesso a essa informação (os trabalhadores da empresa) não podem beneficiar da sua posse - regras impostas pela Bolsa de Valores.
Boas ou más notícias sobre determinada empresa só são comunicadas quando existem provas do sua veracidade.
Exemplo: a informação sobre vendas do corrente trimestre abaixo do previsto só é apresentada em Abril, depois dos números terem sido calculados pelo departamento financeiro - mas, os vendedores já têm, provavelmente, essa percepção (não podem é dize-lo porque não têm o suporte das provas documentais).
Mas, imagine-se que o vendedor tinha a possibilidade (legal) de, baseado em informação "privilegiada", efectuar operações de bolsa. Deste modo, ele estaria a intervir no mercado segundo a sua percepção do "real" preço das acções. No caso de acreditar no mau trimestre da empresa, ele irá vender as acções da mesma. Dado que o montante movimentado pelo vendedor não é suficiente para fazer a cotação baixar, ele continua a ser o único possuidor da informação "privilegiada".
Mas, então porque não continuar com esta estratégia? Porque é apenas a sua percepção... e pode estar errada! O privilégio da informação está limitado ao que ele conhece da empresa - ele não sabe o que os outros trabalhadores sabem e nem sabe o que os actuais e potencias accionistas pensam saber.
No entanto, conforme o final do trimestre se aproxima, as certezas aumentam. Contudo, nesta altura, outros agentes económicos (trabalhadores ou não) começam a ter a mesma percepção e realizam operações de bolsa semelhantes - a transmissão de informação ao mercado deixa, assim, de ter uma data pré-determinada e passa a ser gradual.
No actual exemplo, o preço das acções baixa e os investidores que as compram no final do trimestre - antes da comunicação oficial - não têm as perdas que teriam se os trabalhadores fossem proibidos de "lucrar" com a informação que possuem.
É um ciclo vicioso: existe "insider trading" porque há informação privilegiada; mas há informação privilegiada porque é proibido os trabalhadores comunicarem ao mercado as suas percepções sobre o valor futuro das acções da empresa - por, segundo a lei, ser "insider trading"!!!
janeiro 27, 2004
Ensino... Superior?
Via Intermitente, o estado do ensino superior no Reino Unido:
Leiam todo o artigo do Economist, intitulado "Who Pays to Study?", e vejam as semelhanças com o ensino superior português...
"It is not just that money is short. The price and quantity of courses are state-controlled, in a system more suited to Soviet central planning than to a modern democracy. And as with other planned economies, the result of government intervention is increasingly unsatisfactory.
State supervision, coupled with penury, gives universities the smell of a failing nationalised industry, rather than of world-class outfits devoted to the risky business of thinking original thoughts.
Most European countries charge little or nothing. But fees have two beneficial effects. The first is that the university is beholden to nobody in its planning. (...) Fees also mean that students are much more motivated. Underpriced goods and services are usually wasted, and university education is no exception.
But fees will also make students more powerful customers. Teaching at American universities is much better presented than in most European ones."
Leiam todo o artigo do Economist, intitulado "Who Pays to Study?", e vejam as semelhanças com o ensino superior português...
janeiro 26, 2004
Guerra das Moedas
O Banco central Europeu (BCE) - e os governos europeus - estão preocupados com a desvalorização do dólar e a perda de competitividade das exportações europeias. Richard Benson, presidente do Specialty Finance Group, LLC, sugere algumas estratégias (meus bolds):
Nota: aconselho a leitura integral do artigo de Richard Benson, intitulado "The Currency War" (via Mises Economics Blog).
"Responsible central banks that want to help the United States establish responsible budget, trade and interest rate policies, should “buy gold not dollars” to make their currencies “look weak”. Moreover, there are any number of things that foreign central banks and governments can buy with new local currency that will help hold their currencies down, give the country something of value, and stop enabling the Federal Reserve to run a monetary policy fit for a drunken sailor. Countries should “manage their currencies down against the dollar” by buying gold and silver, oil and more oil, tin, copper, zinc, etc. Countries with sounder monetary and economic policies, such as England, Australia, and Europe, are major oil importers. Now would be a wonderful time to fight back against the U.S. currency war by printing up some money to fund a strategic oil reserve."
Nota: aconselho a leitura integral do artigo de Richard Benson, intitulado "The Currency War" (via Mises Economics Blog).
Saco Azul Bébé
Via Cidadão Livre, um excerto do artigo de Helena Matos no Público (meus bolds):
Antes de Helena Matos se indignar, deveria ter considerado o princípio moral da questão do "mealheiro escolar". Qual seria a posição desta se a "competente" educadora de infância fosse, por exemplo, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras? Trataria semelhante prática com o mesmo laxismo? Claro que não!!!
Não podemos exigir, consoante o montante envolvido, códigos de conduta diferentes. O respeito pelas leis são da responsabilidade de todos nós. Até de educadoras de infância!
As contribuições para as "tintas, plasticinas ou fotografias das festas" não são, normalmente, voluntárias. No ínicio do ano lectivo "exige-se", aos pais, o pagamento de uma pequena verba para este fim - por razões de igualdade, todos pagam. A prática é tão generalizada que ninguém a questiona. Nem mesmo Helena Matos...
Contudo, nos infantários, não há necessidade de "esconder" da Contabilidade a existência do mealheiro escolar. A seguir enumero as "consequências" de um mealheiro legal:
Dizer que o "orçamento escolar" não cobre o material não é uma justificação credível. Helena Matos trata as contribuições dos pais para o mealheiro de forma diferente à mensalidade que pagam. A única diferença é a entrega, ou não, do recibo...
Nota: não ponho em causa a honestidade da educadora acusada - trata-se, apenas, de ignorância sobre leis fiscais. Questiono, sim, o texto acusatório de Helena Matos à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL). Provavelmente a emoção (a educadora é uma conhecida de "vários anos") superou a razão (o "mealheiro escolar" é um saco azul!).
"Conheço-a há vários anos. é educadora de infância num jardim infantil público de Lisboa. Os pais das muitas crianças que frequentam esta instituição reconhecem-lhe o entusiasmo e a competência. Um destes dias esses pais viram-na chorar. A razão era o mais imprevista que se possa supor: contra ela e contra as outras educadoras desse jardim de infância fora apresentada uma queixa na Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) dando conta da existência dum saco azul. Ou seja, a contribuição voluntária dos pais para as tintas, as plasticinas, as fotografias das festas... vulgarmente designada por mealheiro escolar fora transformada num saco azul. O resto da surpresa veio depois quando fomos informados de que o dito mealheiro é ilegal. Ou seja, se esta educadora se tivesse limitado a cumprir escrupulosamente o seu horário, se não tivesse procurado enriquecer as actividades que organiza, se, como tantas outros professores e educadores, tivesse baixado os ombros e declarado "não me pagam para isso" não teria cometido qualquer ilegalidade. Nem nunca a DREL se teria interrogado sobre o seu desempenho. Como não foi esse o caso vê-se acusada de ter organizado um mealheiro escolar para pagar os materiais que os orçamentos escolares não cobrem. Espantosa administração pública esta que persegue quem organiza um mealheiro escolar para comprar plasticina e folhas de cartolina e não se interroga sobre a multiplicação dos custos dos estádios de futebol!"
Antes de Helena Matos se indignar, deveria ter considerado o princípio moral da questão do "mealheiro escolar". Qual seria a posição desta se a "competente" educadora de infância fosse, por exemplo, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras? Trataria semelhante prática com o mesmo laxismo? Claro que não!!!
Não podemos exigir, consoante o montante envolvido, códigos de conduta diferentes. O respeito pelas leis são da responsabilidade de todos nós. Até de educadoras de infância!
As contribuições para as "tintas, plasticinas ou fotografias das festas" não são, normalmente, voluntárias. No ínicio do ano lectivo "exige-se", aos pais, o pagamento de uma pequena verba para este fim - por razões de igualdade, todos pagam. A prática é tão generalizada que ninguém a questiona. Nem mesmo Helena Matos...
Contudo, nos infantários, não há necessidade de "esconder" da Contabilidade a existência do mealheiro escolar. A seguir enumero as "consequências" de um mealheiro legal:
1. as contribuições para o mealheiro são incorporadas na mensalidade dos pais - da qual recebem o respectivo recibo;
2. o IVA do material comprado pelo infantário é dedutível;
3. se o IVA da mensalidade fôr menor que o IVA do material, então o infantário pode "passar" o benefício desse diferencial aos pais das crianças - via mensalidade;
4. se todo o dinheiro do mealheiro fôr gasto então as receitas (porção da mensalidade) são iguais às despesas (material comprado) e não há lugar a qualquer pagamento de impostos sobre lucros;
5. se não foi tudo gasto então o infantário teve lucro e deve ser taxado sobre essa fonte de receita alternativa (esta seria a única vantagem de não "declarar" o mealheiro);
6. se gastou a mais (num infantário público, é pouco provável) então teve prejuízo no "mealheiro" - que servirá para reduzir os impostos sobre os lucros de outras fontes de receita;
7. legalizar o mealheiro não significa a impossibilidade de se continuar a "enriquecer as actividades" organizadas.
Dizer que o "orçamento escolar" não cobre o material não é uma justificação credível. Helena Matos trata as contribuições dos pais para o mealheiro de forma diferente à mensalidade que pagam. A única diferença é a entrega, ou não, do recibo...
Nota: não ponho em causa a honestidade da educadora acusada - trata-se, apenas, de ignorância sobre leis fiscais. Questiono, sim, o texto acusatório de Helena Matos à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL). Provavelmente a emoção (a educadora é uma conhecida de "vários anos") superou a razão (o "mealheiro escolar" é um saco azul!).
janeiro 23, 2004
Greve na Função Pública
Hoje, em Portugal, funcionários públicos decidiram fazer greve para protestar a política governamental de "congelamento" de salários - só as remunerações abaixo de 1.000 euros terão aumentos de 2%. Reivindicam por, entre outros, "serviços públicos de qualidade"!!!
Ao longo dos últimos 30 anos, os funcionários públicos têm sido uma das classes trabalhadoras mais privilegiadas: a idade de aposentação é menor que a praticada no sector privado; as garantias de emprego, vitalícias; as promoções, garantidas; as avaliações de performance, inexistentes; o volume de trabalho exigido, mínimo; etc...
Por mais estranho que pareça, todos estes privilégios não resultaram em melhores serviços!!!
Os sindicatos esquecem-se de dizer que, em anos de eleições, para os sucessivos "patrões temporários" manterem o lugar, os salários dos funcionários públicos cresceram a taxas bastante superiores à inflação. Aconteceu em 1991, com a reeleição do PSD de Cavaco, e em 1999, com o PS de Guterres. E voltará a acontecer em 2006. Dá vontade de perguntar: "quanto custa um voto?"
Mas, empiricamente, não se verifica a correspondência entre os aumentos salariais dos funcionários públicos e os acréscimos de qualidade do trabalho prestado - a inexistência de mecanismos de controlo de performance (contestados pelos sindicatos) e as prioridades políticas dos governantes levam ao sobejamente conhecido laxismo na Função Pública.
As reivindicações dos sindicatos da Função Pública significam, deste modo, um aumento da Despesa Pública que levará a um aumento do Défice - sem o correspondente aumento da qualidade dos serviços. O crescimento da Dívida Pública - para financiar o Défice - implica, mais tarde ou mais cedo, um aumento dos impostos. Será que os portugueses estão dispostos a pagar mais impostos para manter a falta de qualidade dos serviços públicos?
Temos, como seres racionais, o dever de questionar a eficácia da aplicação dos nossos impostos na Função Pública: Onde terá o dinheiro mais utilidade? Nos bolsos dos funcionários públicos ou nos bolsos dos contribuintes? E, qual destes agentes económicos criará mais riqueza?
Ao longo dos últimos 30 anos, os funcionários públicos têm sido uma das classes trabalhadoras mais privilegiadas: a idade de aposentação é menor que a praticada no sector privado; as garantias de emprego, vitalícias; as promoções, garantidas; as avaliações de performance, inexistentes; o volume de trabalho exigido, mínimo; etc...
Por mais estranho que pareça, todos estes privilégios não resultaram em melhores serviços!!!
Os sindicatos esquecem-se de dizer que, em anos de eleições, para os sucessivos "patrões temporários" manterem o lugar, os salários dos funcionários públicos cresceram a taxas bastante superiores à inflação. Aconteceu em 1991, com a reeleição do PSD de Cavaco, e em 1999, com o PS de Guterres. E voltará a acontecer em 2006. Dá vontade de perguntar: "quanto custa um voto?"
Mas, empiricamente, não se verifica a correspondência entre os aumentos salariais dos funcionários públicos e os acréscimos de qualidade do trabalho prestado - a inexistência de mecanismos de controlo de performance (contestados pelos sindicatos) e as prioridades políticas dos governantes levam ao sobejamente conhecido laxismo na Função Pública.
As reivindicações dos sindicatos da Função Pública significam, deste modo, um aumento da Despesa Pública que levará a um aumento do Défice - sem o correspondente aumento da qualidade dos serviços. O crescimento da Dívida Pública - para financiar o Défice - implica, mais tarde ou mais cedo, um aumento dos impostos. Será que os portugueses estão dispostos a pagar mais impostos para manter a falta de qualidade dos serviços públicos?
Temos, como seres racionais, o dever de questionar a eficácia da aplicação dos nossos impostos na Função Pública: Onde terá o dinheiro mais utilidade? Nos bolsos dos funcionários públicos ou nos bolsos dos contribuintes? E, qual destes agentes económicos criará mais riqueza?
Ineficácia da Intervenção Estatal
Em anterior post comentei sobre o pedido - de empresários europeus da indústria têxtil às autoridades da União Europeia - de sanções aduaneiras aos têxteis chineses. Hoje têxteis, amanhã sacos de plástico?
Referem-se práticas de "dumping". Volto a afirmar: se [os chineses] estão dispostos a transferir riqueza para os cidadãos europeus quem somos nós para criticar...
Quanto a minha descrença na eficácia da referida política de "desvalorização artifical da moeda chinesa", dei o exemplo de George Soros. Afinal, também existe o exemplo - mais recente - do Ministro das Finanças japonês (meus bolds):
Os "especuladores" são os produtores de automóveis japoneses que, aproveitando a intervenção estatal no câmbio da moeda japonesa, converteram, em ienes, os lucros das suas exportações em dólares, tornando ineficaz a política do governo japonês.
Nota: artigos da BBC e Times, via Mises Economics Blog.
Referem-se práticas de "dumping". Volto a afirmar: se [os chineses] estão dispostos a transferir riqueza para os cidadãos europeus quem somos nós para criticar...
Quanto a minha descrença na eficácia da referida política de "desvalorização artifical da moeda chinesa", dei o exemplo de George Soros. Afinal, também existe o exemplo - mais recente - do Ministro das Finanças japonês (meus bolds):
"JAPAN’S Ministry of Finance has lost more than £40 billion in the past financial year trying to bet against currency speculators (...).
Cabinet Office insiders admitted yesterday that the currency losses have spiralled out of control, after a renewed attempt by the Finance Ministry to prop up the dollar and talk down the value of the yen.
This month the Government has already spent a record sum trying to prevent the yen from rising too high against the dollar, a movement that would hurt Japan’s all-important exporters, on whose prosperity all hopes of an economic recovery are pinned.
However, in trading in Tokyo yesterday it was clear that Japanese exporters were also preventing the massive currency intervention programme from succeeding. As the yen fell to Y107.50, a number of carmakers were understood to be dumping large amounts of their foreign-earned dollars on the market."
Os "especuladores" são os produtores de automóveis japoneses que, aproveitando a intervenção estatal no câmbio da moeda japonesa, converteram, em ienes, os lucros das suas exportações em dólares, tornando ineficaz a política do governo japonês.
Nota: artigos da BBC e Times, via Mises Economics Blog.
janeiro 21, 2004
Duplo Jackpot
Em South Euclid, Ohio o "carteirista público" esqueceu-se de estabelecer leis para ir ao bolso dos vencedores da Lotaria (via Mises Economics Blog):
É curioso a notícia ligar os impostos - que a cidade não pode cobrar - à contratação de trabalhadores. Tratar-se-ia de uma receita extraordinária imprevisível (penso que ainda não conseguem adivinhar os vencedores). Mesmo com a lei em vigor, para o próximo ano, o que iriam fazer ao orçamento e aos trabalhadores entretanto contratados?
"Rebecca Jemison, who emerged as the true winner of last month's $162 million lottery drawing, is suddenly even richer. This Cleveland suburb [South Euclid, Ohio] is suddenly much poorer.
South Euclid city officials were stunned to learn that they can't collect $1.4 million in income taxes from the winning Mega Millions ticket since the city charter wasn't updated to include lottery winnings as taxable income.
The news came at a bad time for South Euclid, which laid off six workers and made other cuts to help bring its $16.5 million budget down to $13 million, Welo said. The city had planned to use the windfall to rehire some workers and improve parks and recreation programs."
É curioso a notícia ligar os impostos - que a cidade não pode cobrar - à contratação de trabalhadores. Tratar-se-ia de uma receita extraordinária imprevisível (penso que ainda não conseguem adivinhar os vencedores). Mesmo com a lei em vigor, para o próximo ano, o que iriam fazer ao orçamento e aos trabalhadores entretanto contratados?
Investimentos Públicos: Custos de Oportunidade VI
Comissão Europeia chumba ajudas do Governo português à Infineon:
Qual o custo de oportunidade deste subsídio?
Se os contribuintes portugueses não tivessem de - via impostos - financiar a expansão, em Portugal, da empresa alemã, talvez pudessem, eles próprios, investir em projectos criadores de emprego. Possivelmente, em empresas portuguesas....
"Comissão Europeia vai reprovar a ajuda do Estado português à Infineon Technologies Portugal acordada em 76,8 milhões de euros estando porém disponível para autorizar um auxílio até 33,9 milhões de euros (...).
Os serviços da comissão consideram que a empresa é elegível para receber ajudas de Estado com finalidade regional mas defendem que a extensão da unidade apenas pode ser auxiliada até 24% do valor global do projecto, avaliado em 145 milhões de euros no caso da extensão investigada em Julho. O resultado é um revés para a multinacional alemã de mais de metade (66%) da ajuda acordada com o Executivo português."
Qual o custo de oportunidade deste subsídio?
Se os contribuintes portugueses não tivessem de - via impostos - financiar a expansão, em Portugal, da empresa alemã, talvez pudessem, eles próprios, investir em projectos criadores de emprego. Possivelmente, em empresas portuguesas....
Investimentos Públicos: Custos de Oportunidade V
Excertos de um artigo do Público:
O Simpósio Internacional de Escultura é promovido Câmara Municipal de Santo Tirso que - através do seu Museu Internacional de Escultura Contemporânea ao Ar Livre - já adquiriu cerca de 40 obras de reconhecidos escultores.
Será que não existiam, no concelho, necessidades mais importantes que o embelezamento dos jardins? Quais deviam ser os projectos prioritários? Não Sei! Só os cidadãos de Santo Tirso o saberão!
Contudo, a liberdade de fazerem investimentos alternativos foi-lhes retirada. Via impostos. Para pagar obras de arte...
"(...) o suíço Peter Stämpfli (n. 1937), nome associado à arte pop, esperava o momento certo para tirar uma fotografia à sua última obra, agora instalada junto do Pavilhão Desportivo Municipal de Santo Tirso. O trabalho em três dimensões, de um vermelho vivo, é uma abstracção realizada a partir de um objecto que o artista tem vindo a representar obsessivamente nos últimos trinta anos: o pneu.
A obra de Stämpfli é apenas uma das cinco que hoje são inauguradas, pelas 10h30, numa cerimónia destinada a assinalar o encerramento do VII Simpósio Internacional de Escultura de Santo Tirso.
Com este novo conjunto de trabalhos, a cidade passa a apresentar nos seus espaços públicos cerca de quarenta peças de outros tantos artistas, entre os quais Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, David Lamelas, José Pedro Croft, Mark Brusse e os "novos" Stämpfli, Leopoldo Maler, Suk-Won Park, José Barrias e Peter Klasen."
O Simpósio Internacional de Escultura é promovido Câmara Municipal de Santo Tirso que - através do seu Museu Internacional de Escultura Contemporânea ao Ar Livre - já adquiriu cerca de 40 obras de reconhecidos escultores.
Será que não existiam, no concelho, necessidades mais importantes que o embelezamento dos jardins? Quais deviam ser os projectos prioritários? Não Sei! Só os cidadãos de Santo Tirso o saberão!
Contudo, a liberdade de fazerem investimentos alternativos foi-lhes retirada. Via impostos. Para pagar obras de arte...
Défice & Crianças
No Barnabé, Daniel Oliveira sugere os "anúncios" televisivos Anti-bush, promovidos pela MoveOn [para os visionar é necessário o QuickTime]. A sua descrição do primeiro classificado (normal, banda larga):
"explica em 30 segundos como se pode aumentar o défice e cortar nas despesas sociais. Nós sabemos. Ficou em primeiro."
Conclusão errada!
O "anúncio" de 30 segundos ("Child's Pay") mostra crianças a trabalharem em profissões de adultos para demonstrar as consequências do défice orçamental. Ao contrário do que o Daniel Oliveira possa pensar, não se trata de "cortar nas despesas sociais" actuais.
Trata-se, sim, de explicar - de uma forma genial - que quem pagará o actual défice serão os que hoje ainda não têm idade para votar. Provavelmente, o Daniel esqueceu-se de ler o único texto que aparece no "anúncio": "Guess who's going to pay off President Bush's $1 trilion deficit?"
Explicações de Economia Pública:
1. cada vez que as Despesas são maiores que as Receitas cria-se um Défice;
2. no Estado, um Défice Orçamental é, normalmente, financiado por Dívida Pública - também pode ser financiado por Receitas Extraordinárias;
3. se existirem contínuos défices a Dívida Pública cresce;
4. o aumento da Dívida Pública significa o crescimento, em cada ano, do pagamento de juros;
5. a Dívida Pública, como qualquer outro empréstimo, terá de - mais cedo ou mais tarde - ser paga;
6. o pagamento da Dívida Pública terá, no futuro, de ser paga com a redução das Despesas (menos "despesas sociais"?) ou com o aumento das Receitas (mais impostos);
7. se os contínuos défices adiam o pagamento da Dívida Pública, então serão os futuros agentes económicos a pagar a "factura";
8. os "futuros agentes económicos", hoje, não têm poder de decisão sobre as políticas económicas: são ainda crianças!
Assim, o "anúncio" Anti-Bush sugerido por Daniel Oliveira pode ser, em Portugal, dirigido à Esquerda que, à semelhança de George W. Bush, defende o laxismo no combate ao défice - incluíndo o próprio Daniel!
Barnabé, quem vai pagar o défice português? Os nossos filhos...
"explica em 30 segundos como se pode aumentar o défice e cortar nas despesas sociais. Nós sabemos. Ficou em primeiro."
Conclusão errada!
O "anúncio" de 30 segundos ("Child's Pay") mostra crianças a trabalharem em profissões de adultos para demonstrar as consequências do défice orçamental. Ao contrário do que o Daniel Oliveira possa pensar, não se trata de "cortar nas despesas sociais" actuais.
Trata-se, sim, de explicar - de uma forma genial - que quem pagará o actual défice serão os que hoje ainda não têm idade para votar. Provavelmente, o Daniel esqueceu-se de ler o único texto que aparece no "anúncio": "Guess who's going to pay off President Bush's $1 trilion deficit?"
Explicações de Economia Pública:
1. cada vez que as Despesas são maiores que as Receitas cria-se um Défice;
2. no Estado, um Défice Orçamental é, normalmente, financiado por Dívida Pública - também pode ser financiado por Receitas Extraordinárias;
3. se existirem contínuos défices a Dívida Pública cresce;
4. o aumento da Dívida Pública significa o crescimento, em cada ano, do pagamento de juros;
5. a Dívida Pública, como qualquer outro empréstimo, terá de - mais cedo ou mais tarde - ser paga;
6. o pagamento da Dívida Pública terá, no futuro, de ser paga com a redução das Despesas (menos "despesas sociais"?) ou com o aumento das Receitas (mais impostos);
7. se os contínuos défices adiam o pagamento da Dívida Pública, então serão os futuros agentes económicos a pagar a "factura";
8. os "futuros agentes económicos", hoje, não têm poder de decisão sobre as políticas económicas: são ainda crianças!
Assim, o "anúncio" Anti-Bush sugerido por Daniel Oliveira pode ser, em Portugal, dirigido à Esquerda que, à semelhança de George W. Bush, defende o laxismo no combate ao défice - incluíndo o próprio Daniel!
Barnabé, quem vai pagar o défice português? Os nossos filhos...
janeiro 20, 2004
Gestão Orçamental
Via Intermitente: Prodi quer mais euros!!! [meus bolds]
Solução? Metade do orçamento comunitário é aplicado na Política Agrícola Comum (PAC)...
"In a speech yesterday (19 January), Mr Prodi [European Commission President] said that his institution could not accept a reduction in the amount of money that member states pay into the EU budget.
He went on to explicitly criticise the six net contributors to the EU budget - Austria, the UK, the Netherlands, France, Germany and Sweden - who at the end of last year sent a letter demanding that for the next budget period (2007-2013), EU spending be capped at 1% of Gross National Income.
He went on to insist that the Commission cannot do the jobs it has been set - in the areas of justice and home affairs, external politics and the Lisbon Agenda - the EU's self-set target of turning itself into the most dynamic economy in the world by 2010 - if it is to get less money."
Solução? Metade do orçamento comunitário é aplicado na Política Agrícola Comum (PAC)...
Investimentos Públicos: Custos de Oportunidade IV
Excertos de um artigo do Público (meus bolds):
O PS não quer que as regras de mercado se apliquem à empresa canadiana instalada em Portugal - e está a fazer lobby nesse sentido ("o PS vai fazer pressão política a todos os níveis").
Para o partido liderado por Ferro Rodrigues não interessa se os preços praticados por esta empresa são os mais competitivos - se depende do Estado para as encomendas, não parece ser. Ao líder socialista não importa o que se pagará a mais pela repetição do "subsídio" à Bombardier. É apenas o dinheiro dos portugueses....
Nota: aqui está mais uma razão para a privatização de todas as empresas públicas. Assim, estes subsídios indirectos - através da CP, metros de Lisboa e Porto, Carris, etc - não seriam possíveis.
"O Governo deve avançar com uma 'decisão urgente' de forma a impedir o encerramento da empresa de material ferroviário Bombardier Transportation (antiga Sorefame), que está na iminência de despedir cerca de 1500 trabalhadores devido à falta de encomendas. Esta exigência foi anunciada ontem pelo secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, após uma visita à unidade fabril, localizada na Amadora.
(...) Ferro Rodrigues explicou aos jornalistas ter constatado um 'ambiente de consternação e indignação' devido à paralisação de alguns sectores fabris e à perspectiva de despedimento. 'Neste momento, existem trabalhadores sem ocupação porque as encomendas aprovadas durante os governos socialistas chegaram ao fim e estão a terminar as entregas', apontou.
A intervenção do Governo, justificou Ferro, poderá ser realizada através da iniciativa de empresas públicas, 'como a CP e o metro de Lisboa e do Porto', no sentido de desbloquearem os processos de expansão e modernização das suas estruturas e procederem a solicitação de encomendas à Bombardier Transportation.
Ferro Rodrigues alertou para 'o drama social, económico e tecnológico' que pode derivar do encerramento da empresa e prometeu que o PS vai 'procurar fazer pressão política a todos os níveis'.
O sindicalista [António Brito, do Sindicato dos Metalúrgicos] recordou ainda que durante o primeiro Governo de António Guterres a empresa confrontou-se com uma situação idêntica: "O então ministro do Equipamento, Jorge Coelho, fez pressão para que as encomendas fossem desbloqueadas", sublinhou, reivindicando uma intervenção semelhante por parte do Executivo de Durão Barroso."
O PS não quer que as regras de mercado se apliquem à empresa canadiana instalada em Portugal - e está a fazer lobby nesse sentido ("o PS vai fazer pressão política a todos os níveis").
Para o partido liderado por Ferro Rodrigues não interessa se os preços praticados por esta empresa são os mais competitivos - se depende do Estado para as encomendas, não parece ser. Ao líder socialista não importa o que se pagará a mais pela repetição do "subsídio" à Bombardier. É apenas o dinheiro dos portugueses....
Nota: aqui está mais uma razão para a privatização de todas as empresas públicas. Assim, estes subsídios indirectos - através da CP, metros de Lisboa e Porto, Carris, etc - não seriam possíveis.
janeiro 19, 2004
Serviço Público de Televisão
No dia 5 do corrente mês foi inaugurado o remodelado canal da RTP, o 2:
Esta é a nova aposta do governo português para o serviço público de televisão. Trata-se, segundo a missão desta, de "um serviço alternativo aberto à sociedade civil".
Se esta política ainda é minimamente defensável, o que dizer da RTP1? Qual o valor acrescentado deste canal em relação aos concorrentes? Quais os programas que positivamente o diferenciam? Que programas emite que só um canal público o pode fazer?
Este post tenta responder a essas perguntas!!!
Assim, pretende-se avaliar os programas emitidos pela RTP1, segundo critérios de concorrência em canal aberto - SIC, TVI, 2: (possibilidade de transferência para este canal) e uma empresa privada que compre a licença de transmissão deste canal público.
Programas da RTP1:
Desta breve análise conclui-se que os produtos que diferenciam - positivamente - a RTP1 da concorrência são as séries estrangeiras e os programas especiais de informação. Estes últimos adequam-se perfeitamente à missão da 2: As séries como, entre outras, o "Serviço de Urgências", poderão ser, para um novo canal privado, um produto diferenciador - em relação às telenovelas da SIC e TVI.
O "serviço público de televisão" faz-se, possivelmente, no canal 2:. Manter a RTP1 divide as atenções dos gestores públicos e é um foco de concorrência desleal no mercado publicitário. Citando Luís Nazaré, no blog Causa Nossa, "privatize-se o bicho"!!!
Esta é a nova aposta do governo português para o serviço público de televisão. Trata-se, segundo a missão desta, de "um serviço alternativo aberto à sociedade civil".
Se esta política ainda é minimamente defensável, o que dizer da RTP1? Qual o valor acrescentado deste canal em relação aos concorrentes? Quais os programas que positivamente o diferenciam? Que programas emite que só um canal público o pode fazer?
Este post tenta responder a essas perguntas!!!
Assim, pretende-se avaliar os programas emitidos pela RTP1, segundo critérios de concorrência em canal aberto - SIC, TVI, 2: (possibilidade de transferência para este canal) e uma empresa privada que compre a licença de transmissão deste canal público.
Programas da RTP1:
"Boletim Agrário"/"Boletim das Pescas"
Pela sua especificidade, estes enquadram-se nos objectivos do canal 2:
"Bom Dia Portugal"
Quase nada o distingue do "Diário da Manhã" na TVI.
"Praça da Alegria"
Idêntico à "SIC 10 Horas" e "Olá Portugal" (TVI).
"Jornal da Tarde"
Conteúdos informativos semelhantes aos privados ("Primeiro Jornal" e "TVI Jornal").
"Lusitana Paixão"
Telenovela portuguesa de "qualidade" equivalente às da TVI. Concorrência, também, das "novelas" brasileiras.
"Portugal no Coração"
Idêntico aos talk-shows "Às Duas por Três" (SIC) e "A Vida é Bela" (TVI).
"Regiões"
Facilmente assimilado pelo canal 2:
"Telejornal"
Formato idêntico aos noticiários da SIC ("Jornal da Noite") e da TVI ("Jornal Nacional"). O novo canal privado possivelmente terá, também, semelhante programa. O "Jornal 2:", pela duração de apenas meia-hora, tem uma vantagem competitiva.
"Contra-Informação"
Terá maior eficácia fora do "controlo" de um canal público.
Concursos ("SMS - Ser Mais Sabedor", "Preço Certo em Euros" e"Quem Quer Ser Milionário")
A haver interesse do público, serão facilmente assimilados pela concorrência.
Debates e Reportagens Especiais ("Prós e Contras", "Debate da Nação", etc)
O que melhor se faz na RTP e que poderá ser assimilado pelo canal 2:
Cinema & Séries Estrangeiras
Qualidade dos filmes é equivalente (ou pior) aos transmitidos pela concorrência. A aposta nas séries poderá ser uma estratégia da novo canal privado.
Séries Nacionais
Neste momento não existe qualquer uma em emissão.
Magazines: "Cinecidade", "Estes Difíceis Amores" e "Livro Aberto"
Julgando pelo horário a que são transmitidos (madrugada), estes merecem o respeito de serem incluídos na programação da 2:
"RTP Crianças"
Semelhante aos programas transmitidos pelas privadas e pelo canal 2:
"Eucaristia Dominical"
Aos Domingos, a TVI também transmite a missa da Igreja Católica.
Documentários
Os documentários da 2: têm uma vantagem competitiva - inserem-se num canal dirigido ao público em busca de "conhecimento".
"Loja do Consumidor"
Insere-se perfeitamente na estratégia do canal 2:
"Top +", "Operação Triunfo" e Musicais
A haver interesse do público, serão facilmente assimilados pela concorrência.
Futebol
Desporto de audiências garantidas! Logo, existirá interesse das privadas em adquirirem os direitos da sua transmissão.
"Domingo Desportivo"
Sobre futebol já há demasiada informação. Notícias respeitantes às actividades de desporto amador poderá ser assimilada pela 2:
Desta breve análise conclui-se que os produtos que diferenciam - positivamente - a RTP1 da concorrência são as séries estrangeiras e os programas especiais de informação. Estes últimos adequam-se perfeitamente à missão da 2: As séries como, entre outras, o "Serviço de Urgências", poderão ser, para um novo canal privado, um produto diferenciador - em relação às telenovelas da SIC e TVI.
O "serviço público de televisão" faz-se, possivelmente, no canal 2:. Manter a RTP1 divide as atenções dos gestores públicos e é um foco de concorrência desleal no mercado publicitário. Citando Luís Nazaré, no blog Causa Nossa, "privatize-se o bicho"!!!
Standardização do "euro português" III
Em relação ao post anterior, afinal, segundo o Adufe, foi o Primeiro-Ministro que leu a Tempestade Cerebral!!!
janeiro 18, 2004
Standardização do "euro português" II
Hoje, no Primeiro Jornal da SIC ouvi os repórteres referirem o valor de 1 bilião de euros a serem investidos pelo Governo em ciência e investigação.
Será que o pessoal da SIC leu o post da Tempestade Cerebral? Talvez não.... infelizmente, a SIC Online apresenta o valor como "mil milhões de euros".
Será que o pessoal da SIC leu o post da Tempestade Cerebral? Talvez não.... infelizmente, a SIC Online apresenta o valor como "mil milhões de euros".
janeiro 17, 2004
Expresso do meio-dia VIII
Alqueva está a alterar clima do Alentejo (meus bolds):
Mais um investimento público que retira valor à economia! E logo na indústria alentejana com maior valor acrescentado...
"Desde há dois meses que se registam nevoeiros densos em todos os concelhos no regolfo da albufeira ou que com ela confinam - como évora, Cuba e Vila Viçosa. E prevê-se que, na zona, as temperaturas máximas registem, no Verão, descidas até 7° C.
O problema que agora se coloca é o impacto que isso terá no vinho. Segundo os especialistas, a vinha beneficia dos climas secos e quentes, como era o do Alentejo antes de Alqueva, para procurar a humindade no solo e nessa busca encontrar nutrientes determinantes para a qualidade das uvas."
Mais um investimento público que retira valor à economia! E logo na indústria alentejana com maior valor acrescentado...
janeiro 16, 2004
Concorrência Desleal V
Via Intermitente, descobri que a industria têxtil europeia uniu-se para combater a "invasão" chinesa:
Dumping? Transcrevo um post do Empreender:
e uma análise do boletim da Direccção Geral de Comércio e Concorrência:
Estará o Lidl a fazer dumping em Espanha e o Continente em Lisboa?
A política de licenciamento comercial é a verdadeira razão pela diferença de preços em Portugal. Julgo que na China há "semelhante" intervenção estatal...
Talvez o custo de exportar os têxteis aí fabricados seja menor do que tentar vendê-los a empresas locais! Só um mercado livre (concorrencial) pode fazer baixar os preços. Se o preço dos têxteis chineses é, em relação à China, mais baixo na Europa, pergunto-me se haverá suficientes empresas privadas no mercado chinês???
Se, contudo, a China está a "financiar" as compras dos consumidores europeus com subsídios à exportação então está a faze-lo à custa dos contribuintes chineses. Se estão dispostos a transferir riqueza para os cidadãos europeus quem somos nós para criticar...
A imposição, por parte da União Europeia, de sanções aduaneiras vai apenas beneficiar outros países - como os EUA.
Ainda, a critíca da "desvalorização artifical da moeda chinesa" não faz muito sentido. A acontecer, mais cedo ou mais tarde aparecerá um George Soros para lucrar com esse desvio!
"A indústria têxtil e do vestuário (ITV) europeia alerta hoje para 'a dimensão do desmesurado e descontrolado crescimento das importações de têxteis e vestuário provenientes da China que ameaçam, como nunca, o futuro da indústria europeia'.
O director da ATP, Paulo Vaz, chega mesmo a falar em práticas de "dumping" - venda de bens ao estrangeiro a preços inferiores aos praticados no mercado interior - por parte dos empresários têxteis chineses. Em declarações ao JN, avança que 'nalgumas categorias de produtos houve uma diminuição do preço unitário de 75%, isto num espaço muito curto de tempo - dois a três anos'. Daí afirmar que 'há, de certeza, 'dumping', prática esta que, no seu entender, estará a ser suportada em 'apoios estatais à produção, na desvalorização artifical da moeda chinesa e na atribuição de empréstimos a taxas muito baixas'. "
Dumping? Transcrevo um post do Empreender:
O Lidl promove já na quinta-feira, 4, o seguinte carregador de pilhas: 'Carregamento Ultra-rápido, de 1 a 3 horas! Com adaptador para corrente eléctrica e isqueiro do carro; Inclui 8 pilhas AA(NiMH); Indicado para pilhas AA e AAA, NiMH e NiCD.' Custa 24,99 euros. O mesmo produto em lojas da rede espanhola do mesmo distribuidor será colocado à venda por 19,99 euros! Isto é só um exemplo, porque em grande parte dos produtos acontece o mesmo. Nem o euro nos vale.
e uma análise do boletim da Direccção Geral de Comércio e Concorrência:
"Retirando do boletim alguns exemplos concretos de hipers e supers nas categorias de alimentação, produtos de conservação/limpeza e de higiene pessoal, a conclusão é que, em muitos casos, os preços são mais baixos onde o grau de desenvolvimento é maior.
Pegando no caso do Continente, que continua a ser a mais barata de todas as grandes superfícies, as disparidades também podem ser detectadas. O mesmo cabaz de produtos custa mais 14 cêntimos em Viseu (poder de compra 8,5% abaixo da média do país) do que em Lisboa."
Estará o Lidl a fazer dumping em Espanha e o Continente em Lisboa?
A política de licenciamento comercial é a verdadeira razão pela diferença de preços em Portugal. Julgo que na China há "semelhante" intervenção estatal...
Talvez o custo de exportar os têxteis aí fabricados seja menor do que tentar vendê-los a empresas locais! Só um mercado livre (concorrencial) pode fazer baixar os preços. Se o preço dos têxteis chineses é, em relação à China, mais baixo na Europa, pergunto-me se haverá suficientes empresas privadas no mercado chinês???
Se, contudo, a China está a "financiar" as compras dos consumidores europeus com subsídios à exportação então está a faze-lo à custa dos contribuintes chineses. Se estão dispostos a transferir riqueza para os cidadãos europeus quem somos nós para criticar...
A imposição, por parte da União Europeia, de sanções aduaneiras vai apenas beneficiar outros países - como os EUA.
Ainda, a critíca da "desvalorização artifical da moeda chinesa" não faz muito sentido. A acontecer, mais cedo ou mais tarde aparecerá um George Soros para lucrar com esse desvio!
Investimentos Públicos: Custos de Oportunidade III
Via Causa Liberal, um artigo do Público (meus bolds):
E onde estão os estudos sobre o estímulo da economia portuguesa se o Estado não "investir" os referidos 10 biliões de euros? Qual a redução nos impostos se os contribuintes portugueses não tiverem de pagar semelhante projecto? Lembrar-se-á o senhor Primeiro Ministro, Durão Barroso, da sua promessa de redução dos impostos?
Em relação aos apoios a fundo perdido da União Europeia passo a citar a Causa Liberal:
e o Liberdade de Expressão:
Esquecem-se os políticos, jornalistas, comentadores, etc de que os fundos europeus correspondem aos impostos de contribuintes alemães, franceses, holandeses, britânicos, etc. Qual seria o "estímulo" para a economia europeia - e, consequentemente, para o PIB português - se estes não tivessem de pagar tais "contribuições"?
Mais riqueza para os europeus - resultantes da redução dos impostos - significa maior poder de compra para adquirir, entre outros, produtos portugueses. O número de trabalhadores portugueses a beneficiar de semelhante política seria, certamente, bastante superior a "90 mil postos de trabalho"...
"O primeiro-ministro afirmou hoje que os mais de dez mil milhões de euros a investir no projecto de ferrovia de alta velocidade, TGV, em Portugal vão estimular a economia em até 1,7 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).
De acordo com o chefe de Governo, os estudos efectuados apontam também para a criação, pelo projecto, de cerca de 90 mil novos postos de trabalho directos e indirectos."
E onde estão os estudos sobre o estímulo da economia portuguesa se o Estado não "investir" os referidos 10 biliões de euros? Qual a redução nos impostos se os contribuintes portugueses não tiverem de pagar semelhante projecto? Lembrar-se-á o senhor Primeiro Ministro, Durão Barroso, da sua promessa de redução dos impostos?
Em relação aos apoios a fundo perdido da União Europeia passo a citar a Causa Liberal:
"Quanto ao argumento de aproveitar os financiamentos da UE, convém nunca esquecer que não há almoços grátis..."
e o Liberdade de Expressão:
"(...) ao impacto positivo do TGV tem forçosamente que se somar o impacto negativo da não realização de outros projectos."
Esquecem-se os políticos, jornalistas, comentadores, etc de que os fundos europeus correspondem aos impostos de contribuintes alemães, franceses, holandeses, britânicos, etc. Qual seria o "estímulo" para a economia europeia - e, consequentemente, para o PIB português - se estes não tivessem de pagar tais "contribuições"?
Mais riqueza para os europeus - resultantes da redução dos impostos - significa maior poder de compra para adquirir, entre outros, produtos portugueses. O número de trabalhadores portugueses a beneficiar de semelhante política seria, certamente, bastante superior a "90 mil postos de trabalho"...
janeiro 14, 2004
Nova Sede
A Federação Portuguesa de Futebol tem uma nova Sede:
E, senhor Madaíl, para quando o pagamento da indemnização aos familiares de Rui Mendes, o adepto morto durante a final da Taça de Portugal de 1996?
"A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai deixar o velho edifício situado na Praça da Alegria, em Lisboa, e mudar-se para um moderno edifício de 12 andares, localizado, na Rua Alexandre Herculano 56/58."
"Gilberto Madaíl, presidente da FPF, aproveitou ainda o dia em que foi rubricado o contrato de compra e venda da nova sede federativa para prometer a concretização do projecto da 'casa do futebol' até ao final do seu mandato (2006)"
E, senhor Madaíl, para quando o pagamento da indemnização aos familiares de Rui Mendes, o adepto morto durante a final da Taça de Portugal de 1996?
janeiro 10, 2004
Expresso do meio-dia VII
Hoje, no caderno de "Economia & Internacional" do semanário Expresso, o artigo intitulado "IKEA veio para ficar" (meu bold):
Contudo, quando apresenta o historial da empresa sueca, a jornalista do Expresso escreve (meu bold):
O site da Ikea confirma a última "versão"...
Mas, a confusão continua (meu bold):
A usual tradução de "11,3 bilion euros" não é "11,3 mil milhões de euros"?
O problema de "conversão" também aparece no site português da marca: "11.300 bilhões de euros". Alguém se admira porque, em Junho passado, sugeri a Standardização do "euro português"???
PS: a facturação da Ikea, em 2003, foi de 11,3 biliões de euros!
"Em 2002, a Ikea adquiriu cerca de 70 milhões de euros em produtos fabricados no mercado nacional, cujo destino final é a venda na rede de 175 lojas do grupo, espalhadas por 35 países."
Contudo, quando apresenta o historial da empresa sueca, a jornalista do Expresso escreve (meu bold):
"A Ikea está presente, actualmente, em 31países, através de 186 estabelecimentos comerciais."
O site da Ikea confirma a última "versão"...
Mas, a confusão continua (meu bold):
"Líder mundial no mercado de distribuição de móveis e artigos de decoração para o lar, em 2003, a facturação do grupo Ikea foi cerca de 11,3 milhões de euros."
A usual tradução de "11,3 bilion euros" não é "11,3 mil milhões de euros"?
O problema de "conversão" também aparece no site português da marca: "11.300 bilhões de euros". Alguém se admira porque, em Junho passado, sugeri a Standardização do "euro português"???
PS: a facturação da Ikea, em 2003, foi de 11,3 biliões de euros!
janeiro 09, 2004
Fuga da Galinhas III
Acabei de ver uma reportagem, no Telejornal da RTP, sobre a decisão do Tribunal de Ponta Delgada (ilha de S. Miguel, Açores) em aplicar a prisão preventiva a 8 suspeitos de abuso sexual de menores.
Durante a narração da reportagem, ouve-se o jornalista da RTP dizer qualquer coisa como "os advogados dos suspeitos não prestaram quaisquer declarações à imprensa". Logo a seguir somos bombardeados com tristes imagens de "assédio" aos advogados, tentando pressioná-los a quebrar o silêncio que, por motivos deontológicos, devem manter. Dos estatutos da Ordem dos Advogados:
É lamentável que os jornalistas da RTP - e, particularmente, o director de informação, José Rodrigues dos Santos - não tenham a percepção do ridículo da transmissão das citadas imagens. Não havendo declarações dos advogados, bastava mostrar - durante o referido comentário do jornalista - as imagens destes a saírem do Tribunal.
Senhor José Rodrigues dos Santos, a qualidade da informação também está no que não é transmitido...
Durante a narração da reportagem, ouve-se o jornalista da RTP dizer qualquer coisa como "os advogados dos suspeitos não prestaram quaisquer declarações à imprensa". Logo a seguir somos bombardeados com tristes imagens de "assédio" aos advogados, tentando pressioná-los a quebrar o silêncio que, por motivos deontológicos, devem manter. Dos estatutos da Ordem dos Advogados:
ARTIGO 82º: Da discussão pública de questões profissionais
2. O advogado não deve discutir em público ou nos meios de comunicação social questões pendentes ou a instaurar nem contribuir para tal discussão.
É lamentável que os jornalistas da RTP - e, particularmente, o director de informação, José Rodrigues dos Santos - não tenham a percepção do ridículo da transmissão das citadas imagens. Não havendo declarações dos advogados, bastava mostrar - durante o referido comentário do jornalista - as imagens destes a saírem do Tribunal.
Senhor José Rodrigues dos Santos, a qualidade da informação também está no que não é transmitido...
janeiro 04, 2004
Expresso do meio-dia VI
No 2° Caderno (Economia e Internacional) do semanário Expresso, edição de 3 de Janeiro de 2004 (meu bold):
Será ético o(a) jornalista do Expresso "aconselhar" a compra das acções da empresa-mãe?
"Títulos que em 2003 tiveram comportamentos interessantes deverão, por isso, continuar a subir. É o caso da Impresa (a maior subida do ano, 97,74%) e a PT Multimédia (que se valorizou 53,69%), tendo em conta as previsões de aumento das receitas publicitárias."
Será ético o(a) jornalista do Expresso "aconselhar" a compra das acções da empresa-mãe?
janeiro 03, 2004
Concorrência Desleal IV
No início deste ano (2004), a liberalização dos preços de venda de combustíveis passou a ser uma realidade.
O Adufe escreve que o mercado já era parcialmente liberalizado:
Mas, a DECO, em artigo da SIC, justifica a actual subida de preços (meu bold):
A Semiramis apresenta outra justificação para o aumento:
Contudo, a liberalização dos preços não vai resolver algumas ineficiências do mercado. Semiramis:
Preocupação partillhada pelo Adufe:
Soluções?
O Adufe sugere, entre outras, a solução mais eficiente (meus bolds):
Esse "estímulo" é criado se o Estado - simplesmente - não interferir na abertura de novos postos de gasolina.
A DECO apresenta, ainda, outras alternativas (meu bold):
A Galp Energia - com as refinarias do Porto e de Sines - domina, em Portugal, a produção e distribuição de produtos petrolíferos. A venda de uma delas poderia estimular a concorrência neste mercado - levando à efectiva redução dos preços.
É evidente que a nossa classe política não deseja tal nível de concorrência (apesar de beneficiar todos os agentes económicos - indivíduos e empresas). É que isso significaria a perda de "centros de decisão"...
O Adufe escreve que o mercado já era parcialmente liberalizado:
"Olha para a imprensa, para as reacções dos media, para a expectativa criada e quase me esqueço que já existia liberalização parcial do preços. Havia apenas um tecto fixado administrativamente. Ou estarei errado?"
Mas, a DECO, em artigo da SIC, justifica a actual subida de preços (meu bold):
" 'Entre 60 a 65 por cento do preço da gasolina é imposto e a taxa de lucro dos revendedores é completamente esmagada. Numa situação de liberalização, os revendedores vão querer sair desse colete de forças e aumentar as margens de lucro', disse à Lusa o secretário-geral da Deco, Jorge Morgado."
A Semiramis apresenta outra justificação para o aumento:
"Provavelmente foi por aquela razão que as firmas com quota de mercado superior (a GALP, p.ex.), e portanto com maiores sinergias na distribuição, desceram a sua margem em 0,01€/litro, mantendo o preço (o Imposto sobre Produtos Petrolíferos tinha aumentado aquele valor), enquanto as firmas com menor quota de mercado optaram por manterem as suas margens, aumentando o preço ao público."
Contudo, a liberalização dos preços não vai resolver algumas ineficiências do mercado. Semiramis:
"Localmente, induzidos pelo efeito da discriminação espacial de preços, poderão ocorrer ligeiros aumentos de preços. Um distribuidor local, sem concorrência nas imediações, pode aumentar ligeiramente a sua margem, sabendo que não é compensador para os consumidores deslocarem-se a uma bomba longínqua para encherem os depósitos."
Preocupação partillhada pelo Adufe:
"Assusta-me ainda a perspectiva, que a Semiramis também admite, de existir a razoável probabilidade de as distorções de preço (preço dos combustíveis acima do preço médio nacional) proliferarem nas zonas de menor competição, onde possam existir monopólios locais."
Soluções?
O Adufe sugere, entre outras, a solução mais eficiente (meus bolds):
"Convinha começar desde já a pensar numa resposta para estas situações. Admitir um desvio máximo face ao preço médio nacional a partir do qual o Estado deva intervir? Estimular a introdução de novos concorrentes em zonas cujo preço por sistema registe valores acima da média nacional?
Temos mais perguntas que respostas mas há um policiamento a fazer: exigir que o Estado não se demita de garantir o regular funcionamento do mercado."
Esse "estímulo" é criado se o Estado - simplesmente - não interferir na abertura de novos postos de gasolina.
A DECO apresenta, ainda, outras alternativas (meu bold):
"Para a Deco, o Governo deve baixar a taxa de imposto dos combustíveis ou fazer com que a Petrogal deixe de ser 'a empresa dominante na distribuição do mercado dos combustíveis'."
A Galp Energia - com as refinarias do Porto e de Sines - domina, em Portugal, a produção e distribuição de produtos petrolíferos. A venda de uma delas poderia estimular a concorrência neste mercado - levando à efectiva redução dos preços.
É evidente que a nossa classe política não deseja tal nível de concorrência (apesar de beneficiar todos os agentes económicos - indivíduos e empresas). É que isso significaria a perda de "centros de decisão"...