março 29, 2005
Joint Venture
Junto-me, a partir de hoje, às fileiras d'O Insurgente. O Tempestade Cerebral continua mas reposiciona-se na publicação de posts sobre Gestão & Marketing.
Espero chegar, pelo menos, aos calcanhares dos outros insurgentes!
Espero chegar, pelo menos, aos calcanhares dos outros insurgentes!
Título Alternativo
No Arte da Fuga, sugere-se - e muito bem - que o título do meu anterior post poderia ter sido MacGuffin:
Nota: não confundir com o excelente autor do Contra a Corrente...
"A MacGuffin (sometimes spelt McGuffin or Magoffin) is a plot device that holds no meaning or purpose of its own except to motivate the characters and advance the story."
Nota: não confundir com o excelente autor do Contra a Corrente...
março 23, 2005
Santo Graal
Na passada segunda-feira, Luís Campos e Cunha, novo Ministro das Finanças, apresentou no Parlamento a solução para o desiquilíbrio orçamental: "redução da despesa (...) e alargamento da base fiscal por via do combate à fraude".
Mas o próprio ministro não consegue explicar onde e como irá cortar na Despesa. No seu discurso é apenas referido a necessidade de transferir despesa dos departamentos mais ineficientes (não disse quais) para os de maior importância estratégica. Assim, pelo lado da Despesa, não se vislumbram quaisquer medidas de consolidação orçamental.
Chegamos ao Santo Graal: o combate à evasão fiscal. Esta é a solução milagrosa! O Estado só necessita de maior eficiência fiscal para conseguir aumentar as Receitas (impostos) e equilibrar o Orçamento de Estado.
Mas esta é uma faca de dois gumes: o Estado ao cobrar, por exemplo, mais IRS e IRC está a cortar o rendimento disponível do "evasor fiscal" cortando, consequentemente, as suas receitas de impostos como IVA, IA, ISP, etc.
Pois é, vamos continuar no "pântano"...
Mas o próprio ministro não consegue explicar onde e como irá cortar na Despesa. No seu discurso é apenas referido a necessidade de transferir despesa dos departamentos mais ineficientes (não disse quais) para os de maior importância estratégica. Assim, pelo lado da Despesa, não se vislumbram quaisquer medidas de consolidação orçamental.
Chegamos ao Santo Graal: o combate à evasão fiscal. Esta é a solução milagrosa! O Estado só necessita de maior eficiência fiscal para conseguir aumentar as Receitas (impostos) e equilibrar o Orçamento de Estado.
Mas esta é uma faca de dois gumes: o Estado ao cobrar, por exemplo, mais IRS e IRC está a cortar o rendimento disponível do "evasor fiscal" cortando, consequentemente, as suas receitas de impostos como IVA, IA, ISP, etc.
Pois é, vamos continuar no "pântano"...
março 22, 2005
Vão Roubar-me 9.277 euros
Segundo breve texto no semanário Expresso (conteúdo pago), a Dívida Pública ascendia, no final de Fevereiro, a 92,767 biliões de euros (66,1% do PIB). Ora, assumindo uma população de 10 milhões de habitantes, cada português tem uma dívida para com o Estado de 9.276,70 euros. E, considerando o laxismo do actual Governo socialista quanto ao montante do défice do Orçamento de Estado, este é um valor que certamente crescerá!
A Dívida Pública será paga por duas vias: menos despesas e/ou mais impostos. Uma terceira via (impressão de moeda) - com a adesão ao euro - já não está disponível ao Estado português. Ora, a redução da Despesa não é uma solução verosímil tendo em conta a previsível falência da Segurança Social, as autoestradas "sem portagem" (SCUTs), o envelhecimento da população (mais despesas de saúde), o crescimento do desemprego, os Jogos Olímpicos(?), etc. Resta apenas a solução de, mais cedo ou mais tarde, aumentar os impostos. Há que antecipar esse dia!
É que, por exemplo, um jovem casal com dois filhos não pode apenas preocupar-se com o pagamento das prestações da casa nos próximos 30, 40, 50 anos. Afinal, eles são avalistas do Estado no montante de 40.000 euros...
Quanto é a dívida da tua família?
A Dívida Pública será paga por duas vias: menos despesas e/ou mais impostos. Uma terceira via (impressão de moeda) - com a adesão ao euro - já não está disponível ao Estado português. Ora, a redução da Despesa não é uma solução verosímil tendo em conta a previsível falência da Segurança Social, as autoestradas "sem portagem" (SCUTs), o envelhecimento da população (mais despesas de saúde), o crescimento do desemprego, os Jogos Olímpicos(?), etc. Resta apenas a solução de, mais cedo ou mais tarde, aumentar os impostos. Há que antecipar esse dia!
É que, por exemplo, um jovem casal com dois filhos não pode apenas preocupar-se com o pagamento das prestações da casa nos próximos 30, 40, 50 anos. Afinal, eles são avalistas do Estado no montante de 40.000 euros...
Quanto é a dívida da tua família?
março 21, 2005
Exemplo de Servidão
Seguindo a iniciativa do insurgente André Abrantes Amaral, aqui deixo, também, um exemplo de servidão ao Estado.
A Maria nasceu no Porto e tinha duas paixões: ajudar os mais necessitados e crianças. O seu maior desejo era ser pediatra. As suas notas não foram, contudo, suficientemente altas para ingressar no curso de Medicina - tinha apenas 17,5 de média (numa escala de 0 a 20)...
Os pais de Maria até estariam dispostos a pagar-lhe o curso numa universidade privada (teria de ser estrangeira!), se não fosse o nível de impostos cobrados que lhes reduz drasticamente o orçamento familiar. Assim, optou pelo curso de Ciências Farmacêuticas - ainda considerou o curso de Ensino Primário mas desistiu da ideia por causa da incerteza quanto à colocação de professores nas escolas (públicas).
Actualmente ela trabalha numa farmácia de Gondomar onde, por causa de grandes filas de espera, não é possível aconselhar da melhor forma os clientes. Os tios de Maria, porque acreditam na sua capacidade e paixão de ajudar o próximo, gostariam de investir numa farmácia por ela gerida. Só que o Estado não permite a abertura de novas farmácias na zona. E mesmo que se consiga o alvará para uma qualquer distante localidade, os tios não podem ser os proprietários. Terão de falsificar a escritura!
Hoje Maria está nas urgências do hospital (público) com a filha Mónica. Já à três horas que esperam ser atendidas. Parece que não há suficientes pediatras....
A Maria nasceu no Porto e tinha duas paixões: ajudar os mais necessitados e crianças. O seu maior desejo era ser pediatra. As suas notas não foram, contudo, suficientemente altas para ingressar no curso de Medicina - tinha apenas 17,5 de média (numa escala de 0 a 20)...
Os pais de Maria até estariam dispostos a pagar-lhe o curso numa universidade privada (teria de ser estrangeira!), se não fosse o nível de impostos cobrados que lhes reduz drasticamente o orçamento familiar. Assim, optou pelo curso de Ciências Farmacêuticas - ainda considerou o curso de Ensino Primário mas desistiu da ideia por causa da incerteza quanto à colocação de professores nas escolas (públicas).
Actualmente ela trabalha numa farmácia de Gondomar onde, por causa de grandes filas de espera, não é possível aconselhar da melhor forma os clientes. Os tios de Maria, porque acreditam na sua capacidade e paixão de ajudar o próximo, gostariam de investir numa farmácia por ela gerida. Só que o Estado não permite a abertura de novas farmácias na zona. E mesmo que se consiga o alvará para uma qualquer distante localidade, os tios não podem ser os proprietários. Terão de falsificar a escritura!
Hoje Maria está nas urgências do hospital (público) com a filha Mónica. Já à três horas que esperam ser atendidas. Parece que não há suficientes pediatras....
março 20, 2005
Polícia Política?
Via Blasfémias, um post de Pedro Sales no Barnabé (meu destaque):
O título do post citado é elucidativo: "Quem é que manda na polícia?"...
Caro Pedro Sales, tem toda a razão. Falha-lhe qualquer coisa: o conceito de propriedade privada. Ou será apenas o desejo latente de uma nova PIDE? Comunista, claro!!!
"Pode ser que me falhe qualquer coisa, mas desde quando é que as forças policiais portuguesas estão sobre a tutela da Bombardier? A polícia age e o Governo não sabe? Repare-se que, mesmo depois do «desagrado» do Governo, a Polícia de Intervenção continua a permitir, no local, o desmantelamento das máquinas."
O título do post citado é elucidativo: "Quem é que manda na polícia?"...
Caro Pedro Sales, tem toda a razão. Falha-lhe qualquer coisa: o conceito de propriedade privada. Ou será apenas o desejo latente de uma nova PIDE? Comunista, claro!!!
Arqui-inimigo II
Parece que Daniel Oliveira (DO), blogger co-autor do Barnabé, já viu o documentário anticapitalista "The Corporation". A propósito deste, DO escreve no semanário Expresso [conteúdo pago] (meu destaque):
DO é militante do Bloco de Esquerda. Entendo, por isso, a sua incapacidade para perceber o conceito de liberalismo.
DO limita a sua crítica ao óbvio, deixando escapar a identidade do verdeiro "vilão"! Aconselho-o a ver/rever outra obra de ficção - por sinal, bem melhor - já aqui anteriormente citada:
As situações referidas pelo documentário - excelente propaganda gratuita comunista - só acontecem porque os direitos de propriedade dos cidadãos não foram respeitados. Ora, não são as empresas que controlam, de forma coerciva, absurdos sistemas de patentes. Esse papel cabe à tão amada "Corporation" de DO, o Estado.
E é, afinal, aos líderes deste tipo de organização que o termo "psicopata" é vulgarmente associado: Hitler, Estaline, Pol Pot, Saddam Hussein, Kadhafi, Ceausescu, Milosevic e - um favorito de DO - Bush...
"Centenas de empresas patenteiam códigos genéticos, fazendo da nossa identidade o maior negócio do futuro. Estes monstros económicos são um perigo para as nossas democracias, para a nossa liberdade e para a nossa saúde. São estas obras de Frankenstein que aqueles que se dizem liberais vêem como modelo para as nossas vidas. Psicopatas."
DO é militante do Bloco de Esquerda. Entendo, por isso, a sua incapacidade para perceber o conceito de liberalismo.
DO limita a sua crítica ao óbvio, deixando escapar a identidade do verdeiro "vilão"! Aconselho-o a ver/rever outra obra de ficção - por sinal, bem melhor - já aqui anteriormente citada:
"...there's always two kinds. There's the soldier villain who fights the hero with his hands and then there's the real threat - the brilliant and evil archenemy who fights the hero with his mind."
As situações referidas pelo documentário - excelente propaganda gratuita comunista - só acontecem porque os direitos de propriedade dos cidadãos não foram respeitados. Ora, não são as empresas que controlam, de forma coerciva, absurdos sistemas de patentes. Esse papel cabe à tão amada "Corporation" de DO, o Estado.
E é, afinal, aos líderes deste tipo de organização que o termo "psicopata" é vulgarmente associado: Hitler, Estaline, Pol Pot, Saddam Hussein, Kadhafi, Ceausescu, Milosevic e - um favorito de DO - Bush...
março 19, 2005
Candidato à "Guilhotina"
Nas Breves-Turismo do semanário Expresso [conteúdo pago] (meu destaque):
Espera-se, finalmente, comunicado governamental sobre a extinção do ICEP...
"A conclusão [de um estudo do Centro de Investigações Sociais e Empresariais] é que os turistas vêm menos pela promoção institucional que é feita do país, que pela informação acessível na Internet e o chamado «boca a boca»"
Espera-se, finalmente, comunicado governamental sobre a extinção do ICEP...
março 17, 2005
Arqui-Inimigo
Do filme O Protegido:
Via O Insurgente, uma intenção de concertação dos preços dos bilhetes de cinema:
A redução do número de espectadores é preocupação das respectivas salas de cinema, não do Estado. Aliás, o King Kard parece ser uma estratégia interessante no sentido de aumentar a afluência!
Mas, acima de tudo, penso que a declaração daquele "comissário político" revela hipocrisia. Se quer baixar os preços, porque não abolir, para começar, o artigo 29° da Lei de Arte Cinematográfica e do Audiovisual [documento PDF] (meus destaques):
As verbas destinadas à manutenção das salas de cinema devem ser uma decisão de cada empresa. E o "fundo de investimento" financia obras cinematográficas portuguesas, que ninguém quer ver....
"...there's always two kinds. There's the soldier villain who fights the hero with his hands and then there's the real threat - the brilliant and evil archenemy who fights the hero with his mind."
Via O Insurgente, uma intenção de concertação dos preços dos bilhetes de cinema:
"O presidente do ICAM, o Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia, confessa-se preocupado com a quebra de espectadores nas salas de cinema e defende que, para dar a volta à situação, o melhor é baixar o preço dos bilhetes."
A redução do número de espectadores é preocupação das respectivas salas de cinema, não do Estado. Aliás, o King Kard parece ser uma estratégia interessante no sentido de aumentar a afluência!
Mas, acima de tudo, penso que a declaração daquele "comissário político" revela hipocrisia. Se quer baixar os preços, porque não abolir, para começar, o artigo 29° da Lei de Arte Cinematográfica e do Audiovisual [documento PDF] (meus destaques):
Artigo 29.° - Retenção ao preço dos bilhetes
1 - Os exibidores cinematográficos devem reter 7,5% da importância do preço da venda ao público dos bilhetes de cinema.
2 - A verba proveniente da retenção referida no número anterior é aplicada da seguinte forma:
a) 5% destinam-se exclusivamente ao fomento da exibição cinematográfica e à manutenção da sala geradora da receita, é gerida pelo exibidor e tem expressão contabilística própria;
b) 2,5% destinam-se a assegurar a participação dos exibidores cinematográficos no fundo de investimento a que se refere o artigo 26.°
As verbas destinadas à manutenção das salas de cinema devem ser uma decisão de cada empresa. E o "fundo de investimento" financia obras cinematográficas portuguesas, que ninguém quer ver....
março 16, 2005
Estado Financia Deslocalização
No semanário Expresso [conteúdo pago] (meus destaques):
Contra esta deslocalização os sindicatos (portugueses, claro) não protestam!
Mas não são as empresas portuguesas que assumem o risco deste negócio. São, sim, os contribuintes, via Estado.
Sobre o Programa Dínamo do Ministério da Economia já aqui comentei. O que alguns podem não saber é que as referidas empresas de "capital de risco" pertencem, também, ao Estado, através do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento - IAPMEI.
Empresas designadas de "capital de risco" investem em projectos com elevada probabilidade de insucesso. As melhores decisões de investimento são dos proprietários da riqueza confiscada: os contribuintes. Não do Estado.
Ser uma entidade estatal a assumir o papel de investidor, e com o dinheiro dos contribuintes, faz-me recordar as seguintes palavras de Milton Friedman (tradução livre; meu destaque):
Ou podemos usar uma pequena história:
"Um ano depois da aquisição do grupo francês Labelle Tachon, os portugueses da Front Shoes começaram a reforçar a quota de produção nacional, deslocalizando para fábricas de Felgueiras contratos até agora garantidos em Espanha e Itália.
(...)
[A Front Shoes é um] consórcio criado em 2003 por seis empresas portuguesas de calçado e duas capitais de risco [PME Capital e PME Investimentos que detêm 49%] para comprar uma rede de distribuição em França, com o apoio do programa Dínamo"
Contra esta deslocalização os sindicatos (portugueses, claro) não protestam!
Mas não são as empresas portuguesas que assumem o risco deste negócio. São, sim, os contribuintes, via Estado.
Sobre o Programa Dínamo do Ministério da Economia já aqui comentei. O que alguns podem não saber é que as referidas empresas de "capital de risco" pertencem, também, ao Estado, através do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento - IAPMEI.
Empresas designadas de "capital de risco" investem em projectos com elevada probabilidade de insucesso. As melhores decisões de investimento são dos proprietários da riqueza confiscada: os contribuintes. Não do Estado.
Ser uma entidade estatal a assumir o papel de investidor, e com o dinheiro dos contribuintes, faz-me recordar as seguintes palavras de Milton Friedman (tradução livre; meu destaque):
"- se gastas o teu dinheiro em ti, tens tendência a ser muito cuidadoso com quanto gastas e como este é gasto;
- se gastas o teu dinheiro noutra pessoa ainda te preocupas muito sobre quanto é gasto mas estás um pouco menos interessado em saber como é gasto;
- se gastas o dinheiro de outros em ti, não estás muito preocupado sobre quanto se gasta mas sim como é gasto;
- mas se gastas o dinheiro de outros em qualquer outro, não estás preocupado sobre quanto é gasto nem de que forma é gasto"
Ou podemos usar uma pequena história:
Dia 1
A: Quem paga o almoço?
B: Cada um paga o seu!!!
A: Vou comer um bifezito com batatas fritas...
Dia 2
A: Quem paga o almoço?
B: Hoje pago eu.
A: Boa, eu vou comer uma Lagosta!
B: Nem pensar, o máximo que pago é 10 euros por cabeça.
Dia 3
A: Quem paga o almoço?
B: Hoje paga o chefe. Deu-me o cartão de crédito da empresa.
A: Grande, eu vou comer uma Lagosta!
B: Eu também...
março 15, 2005
Níveis de Sucesso
No Público, o programa Dínamo (meu destaque):
Claro, a cavalo dado não se olha o dente!
A origem do "sucesso" (meus destaques):
73,5 milhões de euros. Convém relembrar - outra vez - o conceito de custo de oportunidade: este é o valor confiscado aos contribuintes (muito mais, se contabilizados os custos administrativos).
Sucesso para uns... Roubo para outros!!!
"Um ano depois de ter sido criado pelo então ministro da Economia, Carlos Tavares, o Programa Dínamo é considerado um sucesso pelas três associações mais relevantes ligadas aos sectores do têxtil e vestuário e calçado.
(...)
Pensado para ser um «instrumento dinâmico» que visa enquadrar e encaminhar as decisões estratégicas e de investimento daqueles sectores, o Programa Dínamo foi dividido em três grandes linhas de orientação: imagem e internacionalização, qualificação de recursos humanos e empreendedorismo e inovação e desenvolvimento."
Claro, a cavalo dado não se olha o dente!
A origem do "sucesso" (meus destaques):
"Segundo Rui Rodrigues, gestor do Programa Dínamo, no Eixo I, foram investidos 53,7 milhões de euros, no Eixo II 6,8 milhões de euros e no Eixo III 13 milhões de euros, sem considerar os valores individuais de cada uma das acções de cooperação entre as empresas e os centros tecnológicos. Actualmente, estão em curso iniciativas que totalizam um investimento de 15 milhões de euros."
73,5 milhões de euros. Convém relembrar - outra vez - o conceito de custo de oportunidade: este é o valor confiscado aos contribuintes (muito mais, se contabilizados os custos administrativos).
Sucesso para uns... Roubo para outros!!!
Complexo de Robin dos Bosques
No Público (meu destaque):
A autora do artigo, Lurdes Ferreira, parece sofrer do "Complexo de Robin dos Bosques": a redução da pobreza e duplicação do rendimento per capita só interessam se forem alcançadas através do roubo dos mais ricos...
"Na década de 90, a população [chilena] no limiar da pobreza baixou de 40 para 17 por cento, o crescimento económico médio anual foi de 5,5 por cento entre 1990 e 2004, o rendimento 'per capita' mais do que duplicou, mas no mesmo período não se conseguiram, porém, alterações substanciais na distribuição de rendimentos (antes de transferências). Os 20 por cento mais ricos da população detêm 52 por cento do rendimento nacional. "
A autora do artigo, Lurdes Ferreira, parece sofrer do "Complexo de Robin dos Bosques": a redução da pobreza e duplicação do rendimento per capita só interessam se forem alcançadas através do roubo dos mais ricos...
Educação Superior?
A universidade de Harvard tem a reputação de ser uma das melhores dos EUA - e do mundo. E, no entanto, ignorância económica persiste:
(via Education Watch)
"A Harvard University student's fledgling dorm-cleaning business faced the threat of a campus boycott on Thursday after the school's daily newspaper slammed it for dividing students along economic lines.
The Harvard Crimson newspaper urged students to shun Dormaid, a business launched by Harvard sophomore Michael Kopko that cleans up for messy students.
«By creating yet another differential between the haves and have-nots on campus, Dormaid threatens our student unity,» the Crimson said in an editorial. "
(via Education Watch)
Descendentes do "Monstro"
No Blasfémias, o retrato do novo Governo:
Quem tinha esperança na ocorrência de cortes na Despesas Pública pode esperar sentado...
"Número de ministros- 16
(...)
Ministros que até à tomada de posse exerciam funções públicas/funcionários/trabalham para o Estado - 15"
Quem tinha esperança na ocorrência de cortes na Despesas Pública pode esperar sentado...
março 13, 2005
Venda Livre de Medicamentos
José Sócrates, primeiro-ministro, aunciou a intenção de permitir a venda livre de medicamentos não sujeitos a receita médica. A Associção Nacional de Farmácias (ANF) respondeu:
Faço minhas as palavras do blasfemo PMF:
Quando o consumo excessivo de medicamentos que, segundo a ANF, "prejudica a população e prejudica os doentes" é vendido em farmácias não parece haver semelhante preocupação!!!
Trata-se, afinal, de uma preocupação proteccionista; o mercado livre reduz os lucros (garantidos) das farmácias.
"2. Os medicamentos não são bens de consumo corrente e a promoção do seu consumo prejudica a população e prejudica os doentes.
Todos os estudos internacionais demonstram que os medicamentos devem ser apenas dispensados em locais que garantam a máxima confiança e sob aconselhamento directo de Farmacêuticos.
O uso racional dos medicamentos é uma preocupação de saúde a nível mundial, em particular nos países que mais liberalizaram a distribuição e que estão agora preocupados com as consequências de políticas entretanto condenadas."
Faço minhas as palavras do blasfemo PMF:
"Se o problema é o eventual risco de consumo excessivo (de aspirinas, de sais de frutos, de analgésicos ou de vitaminas), então, como se explica que, no que diz respeito aos ansiolíticos e outros medicamentos do género, sujeitos a prescrição e a apertado controlo médico (pelo menos, assim deveria ser!), unica e exclusivamente vendidos nas farmácias, Portugal apresente (aí sim!!!) índices de consumo excessivo que - como foi já noticiado na semana passada - preocupam algumas organizações internacionais e comunitárias?"
Quando o consumo excessivo de medicamentos que, segundo a ANF, "prejudica a população e prejudica os doentes" é vendido em farmácias não parece haver semelhante preocupação!!!
Trata-se, afinal, de uma preocupação proteccionista; o mercado livre reduz os lucros (garantidos) das farmácias.
Filantropia
Via Mises Economics Blog, as palavras do presidente da Nestlé, um empresário que sabe criar riqueza (meus destaques):
Para partidos como o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda trata-se da única preocupação do que designam por "Grande Capital": o lucro. Mas no caso da Nestlé (tal como em qualquer outra empresa) é o lucro que dá emprego a cerca de 1 milhão de trabalhadores indirectos e riqueza a milhares de accionistas (pois, até o "Grande Capital" não é assim tão grande!).
"In a stunning broadside to corporate citizenship as Bostonians have come to know it, Peter Brabeck-Letmathe - head of Nestle S.A. - said companies should only pursue charitable endeavors with an underlying intention of making money for investors.
«I think there is good reason for corporate philanthropy,» Brabeck-Letmathe said, speaking to Boston College's Chief Executives' Club. «But as managers, we need to be very careful, because it is not our money we're handing out, but the money of shareholders.»
(...)Brabeck-Letmathe said a company's obligation to the community is simply to create jobs and make products.
«What the hell have we taken away from society by being a successful company that employs people?» he said. "
Para partidos como o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda trata-se da única preocupação do que designam por "Grande Capital": o lucro. Mas no caso da Nestlé (tal como em qualquer outra empresa) é o lucro que dá emprego a cerca de 1 milhão de trabalhadores indirectos e riqueza a milhares de accionistas (pois, até o "Grande Capital" não é assim tão grande!).
março 11, 2005
Matemática Eleitoral
Via O Insurgente, um post de Filipe Nunes (FN) n' O País Relativo, publicado também no jornal A Capital (meu destaque):
Caro FN, nas eleições de 2004 para o Parlamento Europeu, a coligação PSD/CDS teve 33,27% dos votantes, não dos eleitores (12,8%)!
Tal falta de rigor ainda pode levá-lo a pensar que o Partido Socialista conseguiu, nas últimas eleições, a maioria absoluta...
"Já nas europeias, com Durão Barroso no governo, as políticas do PSD/CDS foram a votos e tiveram a aprovação de 33 por cento dos eleitores."
Caro FN, nas eleições de 2004 para o Parlamento Europeu, a coligação PSD/CDS teve 33,27% dos votantes, não dos eleitores (12,8%)!
Tal falta de rigor ainda pode levá-lo a pensar que o Partido Socialista conseguiu, nas últimas eleições, a maioria absoluta...
Sindicalista quer fazer Downsizing
No Contra a Corrente, o sindicalista da Opel-Azambuja que, em 2008, pretende reduzir "pessoal".
Austríaco?
Segundo o Causa Liberal, parece que Sérgio Figueiredo, director do Jornal de Negócios, consulta o Ludwig von Mises Institute. Temos austríaco na imprensa portuguesa?
A reputação do Jornal de Negócios subiu uns pontos no meu ranking!!!
A reputação do Jornal de Negócios subiu uns pontos no meu ranking!!!
março 08, 2005
Produtividade
Ainda no Público, a propósito do Dia Internacional da Mulher (meu destaque):
A culpa é do Estado, não por falta de fiscalização mas pelas suas leis "igualitárias"!
Todos somos diferentes. Incluindo - para quem ainda não percebeu - homens e mulheres. Ninguém, nem mesmo a citada deputada do Bloco de Esquerda, questiona o facto dos jogadores de futebol receberem salários superiores às jogadoras da mesma modalidade. Trata-se, afinal, duma diferença de atributos físicos, factor de sucesso do desporto. Os adeptos (clientes) assim o exigem.
Mas se é aceitável para o Futebol, porque não noutros sectores de actividade? Se, no futebol profissional, aceitamos o pagamento de elevados salários a quem mais produz, então porquê, neste Dia Internacional da Mulher, lamentar a "diferença da remuneração bruta por hora de trabalho entre homens e mulheres"?
A diferença de salário por hora de trabalho revela, hoje em dia, na maioria dos casos, diferenças de produtividade. Uma mulher é, tendencialmente, menos produtiva que um homem com idênticos atributos e qualificações. Tal deve-se a factores biológicos e sociais que a fazem, quando ocorrem, reduzir a sua produtividade, como por exemplo gravidez, amamentação, menstruação, doença e/ou consulta médica dos filhos, menopausa, etc.
Um empresário, quando calcula o salário a pagar ao trabalhador, deve considerar estes (e outros) factores. Este é o motivo porque muitos "perguntam às jovens candidatas a um emprego se pretendem engravidar". Menos horas/dias que cada trabalhador produz, menos retorno aquele recebe do seu investimento.
Não foram as leis "igualitárias" que reduziram a diferença salarial entre homens e mulheres. Foram, sim, as mudanças sociais e tecnológicas que entretanto ocorreram: os casais têm, hoje, menos filhos, há cada vez mais jardins de infância onde deixá-los durante o horário de trabalho, novos fármacos atenuam/eliminam os incomodos da menstruação e menopausa, etc.
Mas persiste um problema: o Estado, ao impôr leis que determinam o pagamento de igual salário para o mesmo cargo desempenhado (independentemente da produtividade de cada um), está a obrigar o empresário, quando todos os outros atributos são equivalentes, a optar pela contratação do homem. Tal facto, cara bloquista Helena Pinto, é uma das razões porque "o sexo feminino tem um peso mais elevado no desemprego (...) entre os licenciados"!!!
"Helena Pinto, eleita deputada pelo Bloco de Esquerda, nota que o protesto daquelas operárias [ver post anterior] não perdeu actualidade. A diferença da remuneração bruta por hora de trabalho entre homens e mulheres atingia, há dois anos, no país, nove por cento.
(...)
A sociedade tende a penalizar as mulheres pela reprodução da humanidade, os empresários ainda perguntam às jovens candidatas a um emprego se pretendem engravidar, diz Manuela Tavares. O sexo feminino «tem um peso mais elevado no desemprego em geral e, apesar de se saber que as raparigas são mais e têm melhores notas nas universidades, a diferença duplica quando se analisa o desemprego entre os licenciados», frisa Helena Pinto. A culpa, diz, é «do Estado, que não fiscaliza, e da sociedade, que não censura tais práticas».
A culpa é do Estado, não por falta de fiscalização mas pelas suas leis "igualitárias"!
Todos somos diferentes. Incluindo - para quem ainda não percebeu - homens e mulheres. Ninguém, nem mesmo a citada deputada do Bloco de Esquerda, questiona o facto dos jogadores de futebol receberem salários superiores às jogadoras da mesma modalidade. Trata-se, afinal, duma diferença de atributos físicos, factor de sucesso do desporto. Os adeptos (clientes) assim o exigem.
Mas se é aceitável para o Futebol, porque não noutros sectores de actividade? Se, no futebol profissional, aceitamos o pagamento de elevados salários a quem mais produz, então porquê, neste Dia Internacional da Mulher, lamentar a "diferença da remuneração bruta por hora de trabalho entre homens e mulheres"?
A diferença de salário por hora de trabalho revela, hoje em dia, na maioria dos casos, diferenças de produtividade. Uma mulher é, tendencialmente, menos produtiva que um homem com idênticos atributos e qualificações. Tal deve-se a factores biológicos e sociais que a fazem, quando ocorrem, reduzir a sua produtividade, como por exemplo gravidez, amamentação, menstruação, doença e/ou consulta médica dos filhos, menopausa, etc.
Um empresário, quando calcula o salário a pagar ao trabalhador, deve considerar estes (e outros) factores. Este é o motivo porque muitos "perguntam às jovens candidatas a um emprego se pretendem engravidar". Menos horas/dias que cada trabalhador produz, menos retorno aquele recebe do seu investimento.
Não foram as leis "igualitárias" que reduziram a diferença salarial entre homens e mulheres. Foram, sim, as mudanças sociais e tecnológicas que entretanto ocorreram: os casais têm, hoje, menos filhos, há cada vez mais jardins de infância onde deixá-los durante o horário de trabalho, novos fármacos atenuam/eliminam os incomodos da menstruação e menopausa, etc.
Mas persiste um problema: o Estado, ao impôr leis que determinam o pagamento de igual salário para o mesmo cargo desempenhado (independentemente da produtividade de cada um), está a obrigar o empresário, quando todos os outros atributos são equivalentes, a optar pela contratação do homem. Tal facto, cara bloquista Helena Pinto, é uma das razões porque "o sexo feminino tem um peso mais elevado no desemprego (...) entre os licenciados"!!!
Erros Factuais
No Público, a propósito do Dia Internacional da Mulher (meu destaque):
A jornalista do Público, Ana Cristina Pereira, cometeu vários erros ao ligar duas datas distintas:
A) 8 de Março de 1857, trabalhadoras da indústria têxtil protestaram, em Nova Iorque, contra más condições de trabalho e baixos salários. A polícia dispersou, de forma violenta, as manifestantes. Em posteriores anos, nesta data, mulheres passaram a protestar por mais direitos (incluíndo o direito de voto).
B) 25 de Março de 1911, um fogo no 8° andar do edifício onde estava instalada a fábrica têxtil Triangle (que ocupava os últimos três dos dez andares do edifício) causou a morte de 145 dos seus 500 trabalhadores, a maioria mulheres imigrantes. Na época, os tecidos, inflamáveis, eram "armazenados" por toda a fábrica, permitia-se fumar, para iluminação usavam candeeiros a gás e não havia equipamento de combate a incêndios. Grande parte das vítimas trabalhava no 9° andar, onde o aviso de incêndio chegou demasiado tarde (ao contrário do 10° andar) e no qual uma das duas portas existentes estava encerrada (para prevenir roubos, só uma saída estava normalmente disponível).
Ao fundir as duas histórias e ao designar o acidente por "misterioso incêndio" a jornalista está a iludir os leitores a pensar que, para calarem os protestos das trabalhadoras (em 1857), alguém as matou (em 1911)....
Assim vai a qualidade do jornalismo!!!
"O mundo ocidental está hoje a anos-luz do célebre 8 de Março de 1857, data em que um corajoso grupo de operárias nova-iorquinas fez greve contra um obeso horário laboral e um anoréctico salário (correspondente a menos de um terço do praticado para os trabalhadores do sexo masculino). O desfecho foi trágico: as portas da fábrica foram encerradas, deflagrou um misterioso incêndio, 129 mulheres morreram."
A jornalista do Público, Ana Cristina Pereira, cometeu vários erros ao ligar duas datas distintas:
A) 8 de Março de 1857, trabalhadoras da indústria têxtil protestaram, em Nova Iorque, contra más condições de trabalho e baixos salários. A polícia dispersou, de forma violenta, as manifestantes. Em posteriores anos, nesta data, mulheres passaram a protestar por mais direitos (incluíndo o direito de voto).
B) 25 de Março de 1911, um fogo no 8° andar do edifício onde estava instalada a fábrica têxtil Triangle (que ocupava os últimos três dos dez andares do edifício) causou a morte de 145 dos seus 500 trabalhadores, a maioria mulheres imigrantes. Na época, os tecidos, inflamáveis, eram "armazenados" por toda a fábrica, permitia-se fumar, para iluminação usavam candeeiros a gás e não havia equipamento de combate a incêndios. Grande parte das vítimas trabalhava no 9° andar, onde o aviso de incêndio chegou demasiado tarde (ao contrário do 10° andar) e no qual uma das duas portas existentes estava encerrada (para prevenir roubos, só uma saída estava normalmente disponível).
Ao fundir as duas histórias e ao designar o acidente por "misterioso incêndio" a jornalista está a iludir os leitores a pensar que, para calarem os protestos das trabalhadoras (em 1857), alguém as matou (em 1911)....
Assim vai a qualidade do jornalismo!!!
Exército de Pantufas
"[O] mais importante factor explicativo da diferença no desempenho económico dos EUA e das economias europeias não é a produtividade do trabalho. Algumas economias europeias apresentam uma produtividade do trabalho superior à americana. A maior diferença está na taxa de participação laboral, francamente inferior na UE, em grande medida por causa das baixíssimas idades de reforma, legais e efectivas. Na expressão do The Economist, a Europa está a incentivar um «exército de pantufas»."
A ler, n' O Insurgente!
Como sempre, a visão europeia de curto prazo: hoje, confortáveis pantufas... amanhã, pés descalços!
Parasita
No novo - e recomendável - O Insurgente:
Por outras palavras, o Estado é um parasita: "organismo que vive à custa de outro (o hospedeiro);"
Caro André Abrantes Amaral, a crise também é dos cidadãos: é o nosso "sangue" que o Parasita suga. E se continua assim, adoecemos (acho que já lá estamos!) e morremos...
"Nós (os cidadãos) não estamos em crise. Quem está em crise é o Estado. Quem não tem dinheiro é o Estado. é o Estado que está falido e aflito. Não nós. Nós temos dinheiro (pouco é certo, mas que chega para o fim do mês). O descaramento de fazer valer a ideia que estamos em crise é tal, e de tal forma repetida, que muitos já nem sequer a questionam."
Por outras palavras, o Estado é um parasita: "organismo que vive à custa de outro (o hospedeiro);"
Caro André Abrantes Amaral, a crise também é dos cidadãos: é o nosso "sangue" que o Parasita suga. E se continua assim, adoecemos (acho que já lá estamos!) e morremos...